Muita gente tem vontade de usar bicicleta no dia a dia como meio de transporte ou como esporte, mas a insegurança com a violência no trânsito bloqueia a iniciativa. As estatísticas preocupam mesmo. Até agosto deste ano, dez ciclistas morreram em acidentes na região do Vale do Itapocu, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade. Para ajudar quem tem a vontade de andar pela cidade sobre duas rodas surgiu o grupo Bike Anjo, que tem mais de mil curtidores na fanpage da comunidade de Jaraguá do Sul no Facebook.

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O grupo foi lançado com esse nome em julho deste ano, após se credenciar ao grupo fundador, em São Paulo. O criador, Juliano Camacho, conta que a equipe iniciou os pedais instrutivos em outubro do ano passado. Ele relata que as pessoas começaram a chamar os instrutores de “anjos de bicicletas” e, assim, Juliano descobriu a iniciativa paulista, que realizava o mesmo trabalho.

– Em São Paulo, o grupo foi criado em 2010, com a intenção de criar pedais mais seguros. A nossa intenção é a mesma: que o ciclista saiba como pedalar com segurança e que use a bicicleta como meio de transporte – revela.

O Bike Anjo está em mais de 300 cidades do Brasil e em três países. Em Jaraguá do Sul, o grupo começou a se reunir toda quinta-feira, às 19 horas, no Sesc. Os instrutores e os novatos fazem pedais de 22 quilômetros. Durante o percurso, ensinam noções de sinalização, mecânica e segurança.

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– Começamos com sete participantes. Hoje realizamos pedais com mais de 50 pessoas. Lá, os integrantes têm a oportunidade de aprender a usar as marchas da bicicleta e se comportar na ciclovia – explica Juliano.

A partir de outubro, o Bike Anjo estará presente no Sábado Legal, realizando ações para a população de Jaraguá do Sul. No domingo seguinte, estará ensinando pessoas de todas as idades a andarem de bicicleta por meio do Projeto Escola Bike Anjo. O voluntário Felipe Dallagnolo conta que o objetivo da iniciativa é atingir um maior número de pessoas na cidade.

– Queremos transformar o ciclista de fim de semana em um ciclista de dia a dia. Reeducar as pessoas e também levar esse hábito a crianças, com palestras nas escolas – explica Felipe.

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