Grupo de Indaial embarca neste sábado para o Sulamericano de Patinação Artística no Paraguai

Embarcam neste sábado com destino a Encarnación, no Paraguai, os seis patinadores de Indaial convocados para o Campeonato Sulamericano de Patinação Artística Sobre Rodas. Cerca de mil atletas de países como a Argentina, Colômbia, Chile, Equador e Paraguai disputam a competição. O grupo do Vale é formado por três mulheres _ Gabriela Baccarat, 10, Mayke Luana Redel, 14, e Janaina Baccarat, 34 _ e três homens _ Gabriel Travaglia, 13, William Regis, 22, e Felipe Gonzaga Cavalcanti, 23. De Santa Catarina, apenas Indaial e Joinville vão participar das competições que seguem até 27 de junho.

Engana-se quem pensa que esta é a primeira vez que a cidade do Médio Vale está entre os participantes do evento internacional. Em 2013, Cavalcanti, que além de patinador é o atual treinador da equipe convocada, voltou para o Brasil com o título de vice-campeão. O atleta explica que na época o grupo ainda não tinha muita representatividade, mas este ano o talento dos indaialenses foi reconhecido.

– A patinação artística sobre rodas é muito parecida com a patinação no gelo, mas infelizmente o esporte ainda é pouco conhecido. Esse ano foram sete convocações, mas por questões financeiras uma das atletas não conseguirá embarcar conosco – lamenta.

Divididos por idade, os atletas competem em categorias distintas _ como livre, free dance, figuras obrigatórias e solo dance _ e são julgados por um quadro de arbitragem composto por até sete juízes. A avaliação varia de acordo com a modalidade e mérito, artístico ou técnico. As categorias de base já competem desde terça-feira e as provas das equipes internacionais começam domingo.

Fundado há mais de 20 anos, o grupo de Indaial começou com atividades recreativas. Cavalcanti, que patina desde os oito anos, lembra que a patinação sobre rodas cresceu com o tempo, se aperfeiçoou e hoje é profissional. À frente do grupo desde 2011, o técnico lamenta a falta de patrocínio da iniciativa privada:

– A prefeitura nos ajuda muito, principalmente com inscrições, mas é o atleta que banca o transporte e, às vezes, o patinador é uma criança e a família não tem como arcar com esses custos.