Segue a polêmica envolvendo a gestão da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS). Na última terça-feira, 18 das 27 federações filiadas pediram instauração de inquérito nas polícias Civil e Federal, no Ceará. Entre as denúncias, desvio de verbas, lavagem de dinheiro e pagamentos aos próprios dirigentes através de uma empresa prestadora de serviços. Segundo a acusação, as irregularidades que vieram a derrubar o antigo presidente da CBFS, Aécio de Borba, no meio do ano, também envolvem o presidente atual, Renan Tavares, e sua vice, Louise Bedé.

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– Documentos comprovam pagamentos mensais de R$ 10 mil durante todo o ano de 2013 ao presidente (Tavares, vice na época), à mulher dele (Edilene Menezes) e à vice (Louise) – disse à Folha de S. Paulo o presidente da Federação Mineira de Futsal, Marcos Madeira, que comanda a oposição.

Tavares justificou-se dizendo que os pagamentos são uma gratificação pecuniária, espécie de remuneração por serviços extras, prevista para dirigentes do comitê executivo da Liga Futsal. No caso do cheque emitido no nome de sua esposa, ainda segundo o dirigente, isso se deu apenas porque a conta dela havia sido indicada para a realização do depósito. A oposição não aceita as alegações, que questiona o motivo de outros dirigentes não receberem o mesmo benefício.

A apuração da Folha ainda descobriu, através de documentos, que o antigo presidente fez um contrato de empréstimo com uma empresa chamada ARFE, de propriedade de seu genro, José Armando Silva Gondim, no valor de R$ 2,5 milhões. A oposição questiona a razão de se fazer uma operação financeira dessa com uma empresa, e não com um banco. A mesma empresa fez pagamentos em cheque às três pessoas citadas no início da matéria, também registrados de forma documental.

*LANCEPRESS

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