Dezenas de militares estão de prontidão para rebater um ataque aéreo que deve acontecer a qualquer momento a partir desta quarta-feira entre Jaguaruna e Criciúma, no Sul do Estado. Esse clima de guerra não faz parte de um cenário real, mas de um treinamento entre o 3° Grupo de Artilharia Antiaérea (3°GAAAE), de Caxias do Sul (RS), e Força Aérea Brasileira (FAB) da base de Canoas (RS).
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O exercício de invasão e defesa irá acontecer até o dia 19 no Aeroporto Regional de Jaguaruna, que ainda não foi inaugurado e por isso pode ser utilizado sem comprometer voos comerciais em outras regiões. Os militares que farão a defesa desse ponto estratégico chegaram de Caxias do Sul por volta do meio-dia de ontem no Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, e ficarão alojados no 28° Grupo de Artilharia de Campanha (28°GAC) de Criciúma.
– Estamos ajudando na logística e alojamento dos colegas de Caxias do Sul. Nossa região foi escolhida para essa operação de simulação por estar próxima da rota entre a Serra Gaúcha, Canoas e Florianópolis – explica o comandante do 28° GAC, tenente-coronel Antônio José Ribeiro.
Durante toda a tarde o grupo de Caxias do Sul providenciou a logística dos equipamentos, alojamento dos homens e uma reunião de estratégias. A defesa da base de Jaguaruna será feita a partir de hoje e contará com veículos, um radar de alta tecnologia adquirido pelo Exército recentemente e mísseis antiaéreos portáteis. A simulação de ataque das aeronaves e a defesa em terra não têm momento certo para acontecer.
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– Numa situação real ninguém sabe quando ou de onde o inimigo virá. Por isso esse ataque não tem hora marcada, pode acontecer a qualquer momento e vir de qualquer direção – disse um dos militares encarregados pela defesa do aeroporto de Jaguaruna.
A passagem dos aviões da FAB poderá ser observada por boa parte da população de alguns municípios do Litoral Catarinense. As aeronaves sairão de Canoas, mas antes de mirar a base de Jaguaruna podem inverter a rota, seguir para um reabastecimento em Florianópolis e aproveitar o elemento surpreso para “atacar pela retaguarda”. Todas as manobras e atuação dos militares passarão por uma rigorosa análise de um grupo de oficiais das Forças Armadas do Rio de Janeiro.