A oferta apresentada pelo Desembargador Jorge Luiz Volpato do Tribunal Regional do Trabalho de reajuste salarial de 10,5% além do aumento do vale alimentação de R$25 para R$29 não foi suficiente para convencer os trabalhadores do transporte de valores a pararem a greve do setor que chega ao seu quinto dia. Em audiência realizada em dois turnos durante esta quinta-feira com a presença do Procurador do Trabalho Alexandre Medeiros de Fontoura Freitas, representantes das empresas e dos trabalhadores do setor não chegaram a um consenso. Após a proposta empresarial de reajuste baseado no INPC ter sido rejeitada, o valor mais alto apresentado pelo Desembargador Volpato também não agradou os trabalhadores. Eles querem equiparação salarial com a categoria do Paraná, que recebe cerca de R$800 a mais de salário. Para os patrões e o próprio desembargador, este reajuste soa como pouco factível. O Sintravasc, Sindicato dos trabalhadores em Serviços de Carro-Forte, Guarda, Transporte de Valores, Escolta Armada e seus anexos e afins de Santa Catarina foi intimado a apresentar defesa num prazo de 24h, até o final da tarde desta sexta-feira. Caso a paralisação não seja resolvida durante o dia e atravesse o final de semana, será acentuado o problema já registrado de falta de cédulas de dinheiro em caixas eletrônicos do Estado. Caso o problema evolua, o caso vai para o colegiado do Tribunal Regional do Trabalho, que irá julgar, entre outros pontos, a alegação de que a greve é abusiva. Vilson Soares dos Santos, presidente do Sintravasc, explica porque a categoria segue discordando das propostas apresentadas.
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