A greve dos servidores do Hospital de Caridade em Florianópolis irá completar uma semana nesta terça-feira. Uma nova rodada de negociações ocorreu nesta segunda, mas não houve acordo entre a direção da unidade e o SindSaúde, sindicato que representa a categoria.O impasse ocorre devido ao atraso no pagamento do 13º salário dos trabalhadores.
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Conforme o hospital, os valores foram depositados na conta de 746 funcionários, restando ainda os pagamentos de outros 191 trabalhadores. Como não há previsão de novos depósitos, a categoria decidiu manter a greve em mais uma assembleia realizada nesta segunda.
A condição para que os trabalhos sejam retomados é de que a direção do Hospital de Caridade garanta, pelo menos, o pagamento dos funcionários em greve que ainda não receberam. A estimativa é de que 85% dos servidores da unidade estejam em greve.
Em ofício entregue ao SindSaúde nesta segunda, assinado por Luiz Mário Machado, provedor do hospital, a direção da unidade informa que cinco alas foram fechadas desde o início da greve e que as atividades estão restritas aos atendimentos de 35 pacientes.
—A presente greve leva a direção do IHC a pensar num eventual fechamento geral de suas atividades, uma vez que mantém apenas 35 pessoas internadas, com 5 alas fechadas — reforça o ofício.
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A direção do Hospital de Caridade propõe que os pagamentos restantes sejam parcelados em seis meses, a partir do dia 31 de janeiro, condição já rejeitada pelos grevistas. Em resposta à direção, o sindicato reiterou que a retomada dos trabalhos está condicionada ao pagamento do 13º salário de todos os funcionários em greve.