Os servidores públicos de Lages decretaram greve na manhã dessa segunda-feira. O motivo é a espera por um reajuste salarial que não chega. À tarde, cerca de 500 servidores participaram de uma assembleia na frente da Catedral, onde tomaram conhecimento, aceitaram a contraproposta da prefeitura e pararam a greve.
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O objetivo da assembleia foi decidir se os servidores aceitariam ou não um abono oferecido pela prefeitura em contraproposta ao pedido de reajuste salarial do Sindicato dos Servidores Municipais de Lages. O pedido do sindicato foi um reajuste de 6%, que é o valor compatível com a inflação. A proposta da prefeitura foi um abono salarial fixo de R$130 por servidor.
Segundo Pedro Marcos, secretário de administração da prefeitura, o abono se desdobra do menor ao maior salário e é fixo para todos, sem risco de perda por parte dos servidores.
– Nosso objetivo é fixar o abono e quando mexermos nele será para incorporá-lo na folha de pagamento. A partir do próximo mês, os 4600 servidores já estarão recebendo o abono fixo – afirmou Marcos.
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Muitos dos que participaram da assembleia não aceitaram o abono e afirmaram que não houve democracia na decisão, já que não foram contados votos, o que descaracterizou a decisão do sindicato. O psicólogo e servidor, Walter de Faveri disse que não aceita o abono porque poderá perdê-lo em seguida, já que abono não é caracterizado como reajuste permanente.
– Nós queremos reajuste incorporado em folha e não um abono para nos calar. Precisamos de garantias e vamos procurar nossos direitos judicialmente – defendeu-se o psicólogo.
O presidente do sindicato, Luiz Carlos Vieira Reis disse que os que não ficaram contentes com a decisão são servidores que não estavam presentes na assembléia anterior, que determinou que o sindicato ficaria com a incumbência de avaliar e decidir se aceitaria ou não a contraproposta da prefeitura.
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