O prefeito Gean Loureiro (PMDB) está há apenas 17 dias no comando da administração de Florianópolis e já enfrenta a primeira greve geral dos servidores públicos municipais. Numa assembleia geral, os funcionários decidiram parar todas as atividades porque discordam do pacote de medidas saneadoras, consideradas pela nova gestão inadiáveis e indispensáveis para garantir o pagamento dos salários desses mesmos grevistas.

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A situação radicalizada que se registra neste início de ano é emblemática do que vai ocorrer em outros municípios. Os prefeitos, em geral, estavam acostumados a adotar medidas populistas ou se curvavam docilmente às pressões dos sindicalistas, mesmo que elas representassem reivindicações irreais ou que contrastam com o mercado de trabalho. Exemplo: os trabalhadores da iniciativa privada recebem 50% de gratificação pelas horas extras trabalhadas. Os servidores de Florianópolis ganham 200% de gratificação, segundo o prefeito. É a ponta do iceberg.

Gean Loureiro voltou a reiterar que em seu governo “não negociará, sob nenhuma hipótese, com grevistas” e que “descontará os salários pelos dias parados”. Tem sindicalista pagando para ver. A conferir como reagirá o conjunto da sociedade e da classe política diante dos novos desafios que ocorrem agora em Florianópolis.

O prefeito vai requerer na Justiça a decretação de ilegalidade da greve. E o presidente da Câmara, Guilherme Pereira, já antecipou que a votação do pacotaço vai ocorrer no dia 24 de janeiro.

Representação?

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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis, Alex Sandro Batista dos Santos, que conduziu o obteve aprovação unânime da greve geral na prefeitura da Capital, no 15o dia de gestão do prefeito Gean Loureiro (PMDB), foi candidato à vereador pelo PSOL.

Obteve minguados 517 votos.

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