A greve dos servidores municipais de São José, que entra no segundo mês sem negociação com a Prefeitura, continua impactando a oferta de serviços básicos na cidade. A Educação é o setor mais atingido, ainda que existam servidores de Saúde e Administração paralisados. Pais de alunos da Educação Básica têm relatado à Hora a falta de aulas e de perspectiva de reposição dos conteúdos ministrados.
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A mãe Charlene Osório Denk conta que o filho de 12 anos matriculado na 7ª série do Centro Integrado Floresta está sem aulas desde 17 de março.
– A explicação da escola é sempre a mesma, de paralisação, sem perspectiva de voltar às atividades normais – contou à reportagem por telefone.
Relatos semelhantes também atingem outras unidades escolares, como a Escola Vereadora Albertina Maciel e o Colégio Municipal Maria Luiza de Melo, o maior de São José. Nesse último, 119 educadores estão em greve, segundo a direção. A ausência dos profissionais impacta nas aulas. Nessa sexta-feira, 10, apenas três turmas tiveram aulas pela manhã e há a expectativa de que outras 12 classes sejam recebidas pelos professores à tarde.
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Sem calendário
Sobre a reposição das atividades, a assessoria de comunicação da Prefeitura de São José explica que é necessário que os professores voltem ao trabalho para que a Secretaria Municipal de Educação estabeleça, em conjunto com as escolas, um calendário de reposição dos conteúdos.
Seis horas de conversa e poucos avanços
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de São José (Sintram-SJ) e da Prefeitura reuniram-se na tarde de sexta-feira, para buscarem um acordo sobre a paralisação, que já dura mais de um mês e mobiliza quase metade da categoria. Foi a primeira vez que a prefeita Adeliana Dal Pont reuniu-se pessoalmente com os servidores em greve. Segundo a assessoria de comunicação da Administração Pública do município, foi negociada uma proposta para os servidores.
Proposta na segunda
– Ficou acertado que na segunda-feira, 13, às 15 horas, a Prefeitura irá entregar por escrito à diretoria do Sintram-SJ a proposta do Executivo – explicou em nota.
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O Sindicato, por sua vez, marcou para às 16h de segunda-feira uma assembleia, no Clube 1º de junho, para avaliar e votar o fim da greve.