A greve dos servidores públicos de Florianópolis entra no segundo dia nesta quarta-feira (13) e traz reflexos nas áreas de saúde e educação da Capital. Há creches, escolas e unidades de saúde sem atendimento ou com atendimento parcial pela falta de profissionais que aderiram à paralisação.

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Na educação, a secretaria informou que de 39 escolas, 33 estão com atendimento parcial, duas sem atendimento e quatro atuando normalmente. Em creches, das 85 unidades, 69 estão com atendimento parcial, três sem atendimento e 13 funcionando normalmente.

Servidores públicos de Florianópolis entram em greve por tempo indeterminado

Na educação fundamental, 936 funcionários aderiram à greve, enquanto que outros 1.081 trabalham normalmente. Já na educação infantil, há 1.400 paralisados e 2.335 que não aderiram à mobilização. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira.

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Já na saúde, a maior adesão à paralisação está na atenção primária, com cerca de 15% dos servidores em greve. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, alguns Centros de Saúde estão com adesão significativa, comprometendo o atendimento, como por exemplo Novo Continente (75%), Itacorubi (54,55%), Ponta das Canas (52,94%), Trindade (39,47%) e Rio Tavares (36%).

Os serviços de emergência, até terça-feira, também estavam 100% mantidos, sem adesão à greve. Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) e Samu estão com funcionamento normalizado. No Caps, cerca de 20% dos profissionais estão paralisados e nas policlínicas, 8%.

A orientação da secretaria é que a comunidade entre em contato com o Alô Saúde Floripa para verificar sobre o funcionamento do Centro de Saúde de referência antes de se encaminhar para a unidade, a fim de obter orientações sobre quais serviços estão com funcionamento mantido e onde buscar atendimento, caso o mais próximo da residência esteja afetado.

Veja fotos do primeiro dia de greve

Entenda motivos da greve por parte dos servidores

Trabalhadores da coleta seletiva, saúde, educação, assistência social e de outros setores aderiram ao ato, que ocorre por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a mobilização acontece em defesa de investimentos, renovação dos acordos coletivos sem a retirada de direitos e o fim das terceirizações.

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A decisão para deflagrar greve foi tomada em assembleia no dia 6 de março. A categoria argumenta que, como 2024 trata-se de ano eleitoral, as negociações têm um período reduzido para serem concluídas para que os trabalhadores não fiquem sem acordo coletivo. Além disso, destacam que o governo municipal não repôs os valores de inflação.

O NSC Total procurou a prefeitura de Florianópolis a respeito do ato que, por nota, destacou que “a grave é política, já que sequer findou negociação entre executivo e sindicato”.

Além disso, o governo municipal destacou que a data-base dos servidores, anualmente, ocorre em abril e que a prefeitura já “ingressou no judiciário pela ilegalidade da greve para iniciar descontos de falta e processo de demissão de grevistas”.

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