A paralisação dos professores da rede estadual de Joinville iniciada nesta terça-feira (23) trouxe impactos nas escolas para os profissionais, estudantes e familiares. Sem novidades no avanço da negociação entre a categoria e o governo do estado, a dia letivo desta quarta-feira (24) ainda deve sofrer impactos.
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Viviane de Souza Miranda, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Joinville (SINTE), conta que as escolas que estão com os maiores números de professores paralisados são a Maria Amin Ghanem e Professora Antônia Alpaídes.
– Nós temos em todo o estado, inclusive na regional de Joinville, 30% da categoria paralisada. É um número muito positivo. Esperávamos que iriamos iniciar com uma greve de 10% [da categoria] e estamos superando as expectativas. É um reflexo de que os professores estão descontentes com a nossa situação atual – afirma.
Conforme informações do SINTE, mais de 120 professores aderiram à greve pela manhã e, das 60 escolas estaduais de Joinville, 50 contavam com professores paralisados.
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Para Ane Caroline da Silva Fernandes, mãe de duas alunas da Escola Antônia Alpaídes, a greve prejudica tanto alunos, quanto professores. Conforme Ane, os professores estão certos em correr atrás de seus direitos.
– Essa paralisação é bem ruim. Mas claro que eles estão certo, eles estão correndo atrás dos direitos deles. Estão certos nesse ponto, mas é ruim para as nossas crianças. Claro que seria bom se ambas as partes não fossem prejudicadas. Se a gente for ver, os dois lados são afetados – avalia.
Na tarde desta terça-feira, professores e funcionários se reuniram na Praça da Bandeira para mobilização. Na sequência, os professores saíram da movimentação e foram entregar um documento de greve na Coordenadoria Regional de Educação.
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O que diz o Governo do Estado
Em entrevista coletiva concedida no final da tarde desta terça-feira (23), o secretário de Administração de Santa Catarina, Vânio Boing, afirmou que a descompactação da tabela salarial, principal reivindicação do magistério, causaria um acréscimo de R$ 4,5 bilhões na folha de pagamento do Estado.
— Isso é insuportável pela lei de responsabilidade fiscal, visto que já estamos no limite — afrimou o secretário.
Segundo o sindicato, cerca de 30% do magistério do Estado aderiu à greve, que iniciou nesta terça. Já o Estado não fala em números, primeiro porque a maior parte dos servidores atua no ensino médio, cujas aulas são à noite, e também porque, segundo o secretário, “esperamos que isso se encerre amanhã [quarta-feira (24)]”.
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