A greve dos mineiros no Sul catarinense ganhou reforço de mais 1,5 mil trabalhadores neste fim de semana. Cerca de três mil funcionários estão com os braços cruzados como pressão pelo reajuste salarial da categoria. A paralisação começou na quinta-feira passada e abrange as cidades de Siderópolis, Treviso, Lauro Muller, Criciúma, Içara e Forquilhinha.

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Conforme Genoir dos Santos, presidente da Federação Interestadual dos Mineiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, os trabalhadores reivindicam aumento real de 5,56%, além da reposição da inflação pelo índice INPC, de 5,56%. No início da greve, o pedido era de 10% de aumento real, além da inflação. Na pauta de reinvindicações também estão plano de saúde, cesta básica e atendimento particular para trabalhadores acidentados.

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O reforço na paralisação ocorreu após assembleia realizada no domingo. Na sexta-feira, trabalhadores e empresários negociaram em uma reunião que durou sete horas com mediação da Justiça do Trabalho, mas não entraram em acordo. A categoria reúne 4,5 mil trabalhadores na região.

Ruy Hulse, presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), há uma preocupação com o fornecimento de carvão para a Tractebel Energia, que já foi comunicada para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os empresários oferecem reajuste de 7%, incluindo a reposição da inflação de 5,56% e aumento real de 1,44%.

Três empresas entraram em acordo separadamente

De acordo com Santos, trabalhadores da Carbonífera Catarinense, de Lauro Müller, Siderópolis e Comin, de Urussanga, entraram em acordo separadamente com os empresários. Funcionários destas empresas fecharam acerto com reajuste de 12,7% sobre o piso salarial e 10% para as demais faixas de salário.

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Entenda o caso

O que pedem os mineiros

Reposição da inflação de 5,56% + aumento real de 10%

A proposta dos empresários

Reposição da inflação de 5,56% + aumento real de 1,44%

A categoria reúne cerca de 4,5 mil trabalhadores no Sul de Santa Catarina

3 mil estão paralisados. Fonte: Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) e Federação Interestadual dos Mineiros no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.