Com exceção do Banrisul, todos os bancos voltam a funcionar normalmente nesta terça-feira em Santa Catarina. Os sindicatos nas regiões de Florianópolis, Chapecó e Blumenau decidiram na segunda-feira em assembleias encerrar a paralisação. Acompanhando o quadro nacional, as demais cidades do Estado já haviam terminado a greve na sexta-feira.
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Na Capital, a grande maioria dos 500 funcionários presentes na assembleia da tarde de segunda votou pelo fim da greve. Simara Pereira, diretora do sindicato dos bancários de Florianópolis e região, disse que, apesar da proposta insuficiente apresentada pelos bancos, os trabalhadores optaram por seguir a decisão geral dos sindicatos nos Brasil, que em sua maioria voltaram ao trabalho nesta segunda-feira.
Os bancários de Chapecó, Xanxerê e região aceitaram na segunda-feira à tarde as propostas da Caixa e Banco do Brasil. Já os funcionários da região de Blumenau deram fim à paralisação pela manhã.
Para recuperar o tempo perdido, os trabalhadores aceitaram estender em uma hora, até 15 de dezembro, a duração dos trabalhos internos. O atendimento ao público, no entanto, não terá seu expediente alterado e as agências vão fechar nos horários normais.
O Banrisul, Banco do Rio Grande do Sul, que tem agências em Santa Catarina, é o único a permanecer com seus funcionários em greve. De acordo com o presidente do sindicatos dos bancários de Chapecó, Xanxerê e região, Sebastião de Araújo, os trabalhadores esperavam uma mesa específica de negociação para o banco, já que a instituição não costuma seguir o decidido pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Como o Banrisul não apresentou um proposta diferente da geral, a categoria reavalia a situação em assembleias hoje pela manhã em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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A proposta dos bancos foi de um aumento de 8% sobre o salários, sendo de 1,82% o aumento real, além de um incremento de 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%). Nas negociações sobre as condições de trabalho, os empregadores se dispuseram a considerar proibido o envio de mensagens de celular aos bancários cobrando resultados e a fazer um grupo de trabalho com especialistas para apurar as causas dos adoecimentos dos trabalhadores. Também, vão abonar um dia ao ano por assiduidade e aderir ao programa de vale-cultura do governo, no valor de R$ 50 ao mês.
Os bancários de Santa Catarina enxergaram como insuficientes as medidas para as condições de trabalho por não tocarem na questão do abuso moral para o cumprimento de metas de vendas de produtos da instituição. Também, acreditam que a criação de um grupo de trabalho seja uma solução paliativa.