A paralisação de estivadores, iniciada na terça-feira, nos portos de Santos, no litoral paulista, de Paranaguá, no Paraná e do Rio de Janeiro, impediu nesta quarta-feira a movimentação de cargas de 14 embarcações, de um total de 35, no Porto de Santos.
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A categoria decidiu cruzar os braços, por tempo indeterminado, como forma de pressionar os congressistas a promoverem mudanças favoráveis à categoria, na avaliação em andamento no Senado sobre a Medida Provisória (MP) 595/2012, conhecida como MP dos Portos. A medida prevê a concessão de terminais portuários para a iniciativa privada e os estivadores temem que essa abertura possa precarizar as condições de trabalho da classe.
– A presidente Dilma Rousseff disse que não se mexeria em nenhum milímetro dos nossos direitos, mas queremos garantias e não estamos abrindo mão de trabalhar em terminais privados – argumentou o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Guarujá, São Vicente e Cubatão, Rodnei Oliveira da Silva. Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que administra o Porto de Santos.
Entre os carregamentos afetados estão oito contêineres tanto de produtos dirigidos à exportação quanto importação. Dois contêineres são de soja, um de automóvel, um de adubo, um de trigo e um de papel e celulose.