O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou no início da tarde desta sexta-feira que a paralisação da Polícia Militar do Rio de Janeiro é “uma greve não muito mobilizada” e diz que há uma certa tranquilidade nas ruas do Estado.

Continua depois da publicidade

Como argumento, Cardozo lembra que, até agora, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, não manifestou qualquer necessidade de tropas federais. Para o ministro, os policiais percebem que não podem se associar a um movimento que foi desencadeado com a perspectiva de levar insegurança para a população, com atos criminosos e de vandalismo.

Unidades do Corpo de Bombeiros estariam funcionando normalmente em todo o RJ

Nesta sexta, o Corpo de Bombeiros do RJ informou, por meio de nota, que as unidades da corporação em todo o Estado estão funcionando normalmente. De acordo com a nota, as saídas para atendimentos emergenciais estão preservadas, assim como a presença dos agentes nas unidades. As associações que representam os bombeiros e policiais civis e militares do Estado fizeram uma assembleia, na noite de quinta e decidiram entrar em greve, mas, na manhã desta sexta, a movimentação era normal no Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no centro da capital fluminense.

Segundo Paulo Nascimento, um dos integrantes do movimento grevista das forças de segurança do Estado, os bombeiros que atuam como salva-vidas da Praia de Copacabana, na Zona Sul, se reuniram e decidiram não registrar o ponto. No entanto, os bombeiros do Salvamento Marítimo foram trabalhar normalmente, mas sem usar o uniforme da corporação.

Continua depois da publicidade

Líderes grevistas têm prisão decretada

A Justiça Militar expediu nesta sexta mandados de prisão contra 11 líderes da greve no Rio. O porta-voz da PM, coronel Frederico Caldas, informou que os serviços estão mantidos e os comandantes estão presentes em todas as unidades.

Ao serem informados do mandado, o major Hélio Oliveira e o cabo João Carlos Gurgel, dois dos líderes do movimento grevista,se apresentaram voluntariamente no Quartel General da PM, no centro do Rio de Janeiro.