Trabalhadores da Comcap e apoiadores fizeram um novo protesto na manhã deste domingo (31) em uma caminhada pelas principais ruas da área continental de Florianópolis.
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O ato é mais um capítulo da greve que já dura quase duas semanas e tem como base um projeto de lei que altera benefícios dos servidores públicos que atuam na autarquia. A categoria pede a imediata suspensão da proposta, que partiu do Executivo.
O protesto, chamado de “Ato das famílias de Florianópolis em defesa da família Comcap” reuniu milhares de pessoas e partiu do Limpu, no Estreito, às 10h. A ideia inicial era atravessar a Ponte Hercílio Luz a pé, porém por orientação da Polícia Militar os manifestantes tiveram de mudar o trajeto.
A caminhada durou cerca de três horas, e terminou pouco antes das 13h.
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Entenda o caso
Um projeto de lei encaminhado pelo Executivo, tramitado em regime de urgência e aprovado pela Câmara de Florianópolis foi estopim para uma greve dos funcionários da Comcap, a Autarquia de Melhoramentos da Capital.
A proposta modifica valores pagos em horas extras, bônus assiduidade e gratificações.
A paralisação dos servidores suspendeu serviços executados pela Comcap e motivou a prefeitura a contratar uma empresa privada. Esse contexto gerou tensão em Florianópolis. A farmácia de um vereador chegou a ser alvo de vandalismo, e caminhões terceirizados que faziam a coleta dos resíduos foram depredados.
Na última sexta-feira (29), o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) autorizou a prefeitura a abrir um processo administrativo contra os servidores que estão em greve. Na decisão, o desembargador Júlio César Knoll cita a possibilidade de aplicação de demissão por justa causa dos trabalhadores.
Neste sábado (30), o município confirmou que abrirá até a próxima quarta-feira (2) o processo interno autorizado pela Justiça.
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Apesar disso, a categoria sinaliza que seguirá a paralisação.