Com aproximadamente 20 mil funcionários e exportando seus produtos para mais de 90 países, a Grendene tem sua origem em Farroupilha, na serra gaúcha. Vislumbrando novas aplicações industriais para o plástico, os irmãos Pedro e Alexandre Grendene Bartelle começaram a produzir embalagens para garrafões de vinho, que até então eram feitas em vime. Em pouco tempo, a recém-fundada empresa passou a fabricar peças em plástico para a indústria de implementos agrícolas e componentes para calçados.

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A grande virada da companhia começou em 1979, quando foi lançada a coleção de sandálias plásticas Melissa, inspirada nos calçados utilizados por pescadores franceses. Hoje, a empresa é dona de várias linhas de produtos e marcas, que incluem nomes como Grendha, Rider e Ilhabela.

Nos anos 1990, a combinação da busca por redução de custos com a concessão de incentivos fiscais agressivos pelo governo do Ceará fez com que a Grendene começasse a transferir sua produção para o Estado nordestino. Na época, a decisão de migrar sua linha fabril para o outro extremo do país abalou a economia de Farroupilha, ao mesmo tempo em que colocou o Ceará no mapa da indústria calçadista. Essa polêmica transferência, segundo os dirigentes da Grendene, foi essencial para que a empresa sobrevivesse à concorrência dos importados e continuasse a crescer.

Atualmente, a companhia tem seis unidades: duas no Rio Grande do Sul (Farroupilha e Carlos Barbosa), três no Ceará (Fortaleza, Sobral e Crato) e uma em Teixeira de Freitas, na Bahia. Além disso, a Grendene mantém duas lojas exclusivas de Melissa, uma em São Paulo e uma em Nova Iorque, nos Estados Unidos.

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