Os gregos saíram novamente nesta quarta-feira às ruas para protestar contra os novos cortes, ao mesmo tempo em que o Parlamento tenta agilizar a aprovação da nova legislação imposta pela Eurozona em troca de um gigantesco pacote de ajuda e do perdão parcial da dívida em mãos privadas. Mesmo com chuva, os manifestantes levaram faixas e megafones para as ruas da capital Atenas.
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As manifestações estavam programadas para ocorrer enquanto a Comissão Econômica do Parlamento examinasse o projeto de lei sobre o acordo com os credores privados para o perdão parcial da dívida grega, em caráter de urgência.
No dia seguinte ao acordo alcançado com muitas dificuldades pelos ministros de Finanças da zona do euro em Bruxelas, a resposta das centrais sindicais, como era de se esperar, foi negativa.
– Todos juntos podemos barrar os novos cortes das aposentadorias – afirma a Confederação Geral de Trabalhadores (GSEE) e a Federação de Funcionários públicos (Adedy), que convocaram os manifestantes para a Praça Syntagma, em frente ao Parlamento.
“As medidas que serão votadas no Parlamento sobre os novos cortes constituem um tiro de misericórdia para os pensionistas e para o sistema de segurança social do país”, dizem os sindicatos. O pró-comunista Pame havia marcado um protesto para hoje à tarde em Atenas e outra manifestação na Salônica (no norte do país).
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A situação social continua muito tensa no país. A última grande mobilização, realizada em 12 de fevereiro, levou às ruas 100 mil gregos, sendo 80 mil deles em Atenas, após a aprovação pelo Parlamento do novo programa de austeridade.
Na madrugada de terça-feira, a Eurozona finalmente aprovou o novo plano de resgate para a Grécia, que poderá totalizar 237 bilhões de euros.