O Greenpeace pediu neste domingi às delegações presentes na Conferência da ONU sobre a Mudança Climática em Bali que não encarem o encontro como se fosse férias na paradisíaca ilha.

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Na segunda e definitiva semana da reunião, na qual são esperadas as reuniões em nível ministerial e os compromissos concretos dos países, o Greenpeace lembrou aos governos que devem cooperar se quiserem que a convenção seja um êxito.

– Os governos sabem que se não agirem agora para prevenir a mudança climática, os custos ambientais, econômicos e sociais serão enormes – indicou em comunicado Emmy Hafild, delegada do Greenpeace para o Sudeste Asiático.

Hafild disse que suspeita que Canadá e Japão preparam estratégias para bloquear as negociações encaminhadas para aprovar cortes obrigatórios de emissões poluentes, e por isso espera que o mundo desenvolvido adote um atitude construtiva e seus ministros cheguem com vontade de trabalhar, e não com os mesmos discursos da semana passada.

– A reunião é em Bali, mas não são férias – acrescentou a representante do Greenpeace.

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O objetivo do grupo é que o acordo inclua medidas para manter o aumento das temperaturas abaixo dos dois graus centígrados e instrumentos mais realistas para combater o desmatamento, causa indireta de 20% do dióxido de carbono na atmosfera.

O Greenpeace também aproveitou a ocasião para exigir aos ministros de Finanças que chegam hoje a Bali que encontrem um consenso para promover o investimento em energias limpas.

Segundo os dados do grupo ecologista, políticas adequadas neste sentido representariam uma economia de US$ 180 bilhões aos Estados Unidos e reduziriam à metade as emissões de C02 para 2030.