Com experiência de 38 anos no futebol, Luiz Greco foi apresentado como novo diretor de negócios e parcerias do Figueirense. A principal bandeira levantada por ele, que esteve ao lado do presidente Cláudio Honigman na cerimônia realizada no Orlando Scarpelli, é a internacionalização do clube. Ciente de que o processo demanda tempo, o dirigente citou como exemplo o Athletico-PR, que há sete anos lutava para se estabelecer até mesmo no cenário nacional, em 2018 foi campeão da Copa Sul-Americana e está nas oitavas de final da Taça Libertadores desta temporada, além de disputar o título da Recopa.
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– A gente sabe que o processo de internacionalização de uma marca, de um clube, não é de curto prazo, importante salientar isso. Em 2012 com o Athletico, mal e mal as pessoas na Europa falavam paranaense, mas com muito trabalho, mostrando a excelência na formação, que fomos aos poucos desenvolvendo a marca e assim, passo a passo, aumentando. Esperamos que esse seja um ano de desenvolvimento para a partir de 2020, e queira Deus que com o acesso, quanto mais alto no futebol estivermos, melhores são as opções de busca de patrocínios, acordos técnicos, de alavancar negócios – falou Greco.
Ciente do momento turbulento que o Figueirense atravessa nos bastidores após o pedido de demissão do então gerente de futebol Fernandes, e das demissões do diretor-executivo Fernando Kleimmann e do diretor de planejamento Murilo Flores, Greco explicou o motivo de ter aceitado o chamado de Honigman.
– Sou extremamente confiante, extremamente otimista. Afinal, são 38 anos trabalhando no futebol e em todos os projetos sempre encarei de corpo e alma, com muita dedicação. A expectativa é a melhor possível, estou motivado, achei interessantíssimo o projeto e quero que as coisas aconteçam bem. Gostaria de passar isso à torcida, que acredite no nosso trabalho, dê confiança, estamos dispostos a fazer o melhor. A partir do momento que aceitei o convite, tive a consciência de que podemos fazer um grande trabalho, juntos, marchando no mesmo sentido. No futebol nunca vamos agradar a todos, existe conflito de ideias, interesse, mas acima de tudo está a vontade de fazer um grande trabalho – disse o dirigente.
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Outro ponto destacado por Greco é o fato do Figueirense estar sob o comando da Elephant, ou seja, é um clube-empresa. Para ele, esse tipo de gestão é algo que chegou para ficar no futebol brasileiro e considera que o Alvinegro larga na frente dos demais clubes, principalmente na busca de parcerias para alavancar o projeto.
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– Tive interesse pois vi a questão do clube-empresa, um clube que está investindo no futebol. É um modelo sem volta no Brasil, dos times se profissionalizarem, colocar pessoas que realmente tenham experiência e capacidade comprovada. Se pudermos fazer essa boa mescla entre investir massivamente na formação e aliar esses negócios, pois os atletas precisam ser mostrados. Pois para o clube se desenvolver, o clube precisa mostrar os jogadores, para o clube sobreviver tem que fazer negócios, parcerias. As condições que foram passadas achei interessante e vou buscar da melhor forma colocar minha experiência aqui. Posso agregar bastante – disse.
Além de apresentar objetivos na maior parte de longo prazo, Greco, que também faz parte do recém-criado comitê gestor de futebol do clube, ao lado do coordenador Felipe Gil e do técnico Hemerson Maria, destacou que a Série B está nivelada, mas considera que com a reconstrução que se iniciou no Alvinegro após a disputa do Campeonato Catarinense, é possível disputar uma das vagas na elite de 2020. Além disso, afirmou existir a necessidade de buscar novos jogadores para reforçar o elenco.
– A Série B deste ano é uma das mais difíceis, os times bastante nivelados, e chego em um momento de reconstrução, de organização do departamento de futebol. A minha experiência tanto na avaliação de atletas, no mercado nacional e internacional, podemos agregar bastante. O Figueirense tem um grupo novo, mas de potencial. Precisamos reforçar, mas isso será feito. Estamos conversando bastante sobre os reforços. Estamos no caminho certo. Tive ótimas informações do Felipe Gil, do Hemerson Maria também, que tem sido uma pessoa vitoriosa e conhece bastante o Figueirense. Todas as informações e características nos levam a crer que vamos fazer um grande trabalho – completou.
Greco tem no currículo times como Santos, Athletico-PR e América-MG. Fora do Brasil, ele ainda trabalhou como scout do Shaktar, da Ucrânia.
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