No próximo sábado, dia 13 de agosto, completará um ano desde o início dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, quando a Grécia mostrou ser capaz de organizar o maior evento esportivo do mundo, e de forma segura, com a maior despesa em segurança da história. Os meios de comunicação gregos começaram a fazer um balanço do lucro e das perdas, e concentrou a crítica na demora em disponibilizar para aluguel as instalações que foram palco das competições olímpicas. O Estado paga 100 milhões de euros por ano pela manutenção destes locais.

Continua depois da publicidade

Em declarações divulgadas hoje pela imprensa da Grécia, o presidente da Companhia de Propriedades Olímpicas, Christos Hadjiemmanuil, afirmou que “corremos o risco de pagar a cada ano um estádio novo que não teremos”.

Há um mês começou o concurso internacional para o aluguel a longo prazo das primeiras instalações para empresas privadas. O processo terminará neste segundo semestre.

O responsável das instalações olímpicas gregas também disse que a Grécia cometeu um grande erro em construir três estádios de futebol em províncias: um na ilha de Creta, outro em Volos e o terceiro no porto de Patras.

Os 54.000 metros quadrados do centro de transmissão de rádio e televisão (IBC) serão alugados para canais de televisão, e haverá a instalação dos museus dos Jogos Olímpicos e de Atletismo clássico. O centro de badmington, em Gudi, e o de canoagem, em Helinikon – que será um parque aquático – são os primeiros na lista de aluguéis.

Continua depois da publicidade

O Governo ainda não publicou o custo dos Jogos, mas círculos econômicos em Atenas calculam esse montante em 9 bilhões de euros. Deste total, 1,5 bilhão foram gastos em segurança.

A capital grega foi beneficiada pelas obras no transporte – metrô, novas linhas de ônibus, trens -, que tiveram um grande custo e que fez disparar a dívida do órgão de transporte público em 50%, em relação ao ano de 2003.

Um dos pontos positivos, segundo a imprensa grega, foi o aumento do turismo, que nos últimos cinco anos estava em queda progressiva. As reservas para cruzeiros subiram em até 30% neste ano e, pela primeira vez na alta estação do verão, as unidades hoteleiras estão lotadas.

As informações são da Agência EFE.