Problemas com a balança são mais comuns entre os filhos de mulheres que estavam acima do peso ou fumaram durante a gravidez. É o que sugere um estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, publicado na revista científica Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.
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Há fatores biológicos e sociais que podem ser responsáveis por esse fenômeno, afirma o professor de Desenvolvimento Infantil Richard Tremblay, um dos autores da pesquisa. Tanto fumar quanto estar acima do peso na gestação pode levar o corpo da criança a reagir de forma diferente à comida após o nascimento, a ponto de aumentar a probabilidade dela também desenvolver sobrepeso. Além disso, fumar e estar acima do peso na gravidez pode ser um indicativo de que a mãe é menos preocupada com a saúde tanto dela quanto do bebê, levando a um estilo de vida menos saudável para toda a família.
A pesquisa ainda sugere que, aos três anos de idade, já é possível prever se uma criança terá sobrepeso. A análise da proporção peso-altura de 2 mil crianças entre os cinco meses e os oito anos no Quebec indicou que os padrões de ganho de peso se mostraram relativamente similares nos primeiros anos de vida, mas que claras diferenças apareceram depois disso.
– separação entre o grupo que ganhou mais peso e os demais ocorre entre os dois aos e meio e os três anos e meio – explica.
Os resultados da pesquisa, ressalta Tremblay, indicam que é uma boa ideia ajudar gestantes a ter um estilo de vida mais saudável. A medida poderia evitar que essas crianças tenham problemas pessoais no futuro, como a baixa autoestima que acompanha o sobrepeso, e também auxiliar na prevenção de doenças como diabetes e distúrbios cardíacos, que custam caro aos sistemas de saúde.
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