A jovem grávida que foi assassinada dentro do próprio apartamento, na tarde de quarta-feira (16) em Lages, na Serra de SC, já havia relatado à polícia sobre as ameaças que sofria do ex-namorado, principal suspeito pelo crime. O caso é tratado como feminicídio e o autor do disparo segue foragido, segundo a Polícia Civil.
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O assassinato da Ana Júlia Floriano ocorreu no início da tarde de quarta. Conforme a Polícia Militar, que fez o primeiro atendimento da ocorrência, o ex-namorado da vítima entrou no prédio em que ela morava por volta das 13h.
Houve uma discussão entre os envolvidos e a jovem foi agredida. Uma testemunha, amiga da vítima, relatou à polícia que o homem saiu, por alguns segundos, e quando retornou fez três disparos contra a jovem, um deles fatal.
Coordenadora estadual das delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), Patrícia Zimmermann D’Ávilla, apesar do registro de ameaças formalizado à polícia, a vítima não havia dado continuidade ao processo, tão pouco solicitado medidas protetivas contra o ex, o que segundo a delegada, são fundamentais.
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– As medidas protetivas de urgência, que estão previstas na Lei Maria da Penha, são uma importante ferramenta de proteção para a mulher. Existem medidas como proibição de manter contato, proibição de frequentar lugares onde a vítima frequenta e, até mesmo, medidas que restringem porte de armas. E todo agressor que descumprir pode ser preso – explica.
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Grávida de dois meses, a jovem teria um filho com o autor do feminicídio, segundo informações que chegaram à Polícia Civil, mas que ainda não foram confirmadas pela investigação. A equipe que apura o caso ainda não confirmou se o atirador tinha conhecimento sobre a gestação.
O suspeito tem 34 anos e é procurado pela polícia. O crime teria sido motivado pelo inconformismo do homem pelo término do relacionamento.
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Conheça os sinais dados antes do feminicídio:
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