Gravações de “Pequeno Segredo” revelam condições propícias de Florianópolis

Com as filmagens de Pequeno Segredo, que conta a história de Kat, a menina neozelandesa adotada pela família Schurmann, chegando ao fim, o clima é de despedida. Parte da equipe já deixou Florianópolis, alguns de volta para casa e outros rumo a Belém, que também servirá de locação para o filme. Após seis semanas de gravações, a Capital se revelou uma grata surpresa para a produção.

– Foi muito gratificante mostrar que é possível filmar um trabalho com esta complexidade em SC. Descobrimos excelentes talentos na região, tanto em relação ao elenco, quanto nos bastidores – elogia João Roni, sócio da produtora Ocean Films, que está à frente da produção do longa.

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Confira os bastidores de gravação de “Pequeno Segredo”

O produtor ressalta que, por conta da sazonalidade do mercado audiovisual local, muitos profissionais acabam buscando oportunidades em outras praças ou mesmo em outras áreas. Portanto, foi uma grande oportunidade para a mão de obra da cidade trabalhar ao lado de nomes como Brigitte Broch (diretora de arte e ganhadora do Oscar com Moulin Rouge), Inti Briones (diretor de fotografia), Severo Cruz (figurinista), Uirandê de Holanda (maquiador), Guilherme Kroeff (chefe de elétrica), Everton Juba (chefe de maquinária) e Jully Irie (assistente de direção).

Segundo Roni, o Sindicato da Indústria Audiovisual de Santa Catarina (Santacine) tem trabalhado para que projetos audiovisuais – sejam de TV ou cinema, nacionais ou internacionais – migrem para o Estado.

Recursos concentrados na cenas e na equipe

O Pequeno Segredo, destaca, é uma prova clara de que isso é possível e economicamente viável, pois conseguiram fazer um filme otimizando recursos sem perder qualidade:

– Se fosse produzido em São Paulo ou no Rio, ele não teria o mesmo investimento que conseguimos fazer em valor de tela. Uma cidade com uma logística fácil, hotéis com valores mais acessíveis e serviços de qualidade a preços razoáveis, fazem com que os recursos se concentrem na elaboração das cenas e na qualidade da equipe.

Além dos benefícios econômicos que a movimentação da cadeia produtiva cinematográfica trouxe para a região, projetos como este promovem a cidade enquanto ponto turístico, atraindo oportunidades de negócios. Por dia, aproximadamente cem pessoas trabalharam diretamente na produção, movimentando os setores de alimentação, transporte, vestuário e hotelaria, além de fornecedores de móveis, de decoração, de madeira etc.

– Vários restaurantes na Lagoa da Conceição receberam a equipe todos os dias. Também usamos seis hotéis, tivemos 28 veículos com motoristas alugados. Quando o filme for lançado, será identificado como realizado em Florianópolis. E como o lançamento será mundial, imediatamente promoverá todas as locações, atraindo turistas para a região – ressalta Roni. O lançamento está previsto para 2015.