Se o Joinville já era visto como o papa-títulos do Catarinense, a situação do Atlético-MG em Minas Gerais não era diferente no início da década de 1980. De 1978 até 1983, as duas equipes haviam vencido todos os estaduais que disputaram. Como naquela época o Campeonato Brasileiro acontecia antes do início do campeonato regional, JEC e Galo fizeram o tira-teima dos grandes campeões na segunda fase da competição nacional de 1984.

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A equipe mineira era um baita time. Os que mais se destacavam naquele esquadrão de craques eram o lateral Nelinho e o atacante Reinaldo, que defendiam regularmente a Seleção Brasileira. Além, é claro, do técnico Rubens Minelli.

Mas o JEC também tinha seus valores: o goleiro Walter Diab em boa fase, o meia Nardela no auge da sua forma e um atacante igualmente matador: Albeneir. Contratado junto ao Figueirense, o atacante grandalhão, de quase dois metros de altura, precisava a todo jogo mostrar o seu valor para a torcida tricolor.

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– Na época, o pessoal falou que minha contratação custou muito caro. Sempre existiu essa polêmica – recorda Albeneir.

Nesse jogo contra o Galo, ele provou que o investimento valeu a pena. Aos três minutos, Nardela lançou e o camisa 9 finalizou na saída do goleiro Pereira: 1 a 0 e festa no Ernestão. Mas não deu para comemorar muito. Depois disso, só deu Galo.

O time mineiro poderia ter saído do Ernestão com uma vitória fácil, mas não contava com a noite inspirada de Walter Diab, que operou um milagre após o outro nas tentativas de Reinaldo, Nelinho e companhia. Só o que o goleiro não poderia prever era a atabalhoada tentativa do zagueiro Leo de afastar a bola, o que resultou num gol contra.

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Para a grandeza do confronto dos grandes campeões estaduais, nada mais justo do que um empate.