Única região de Santa Catarina em situação de risco gravíssimo para o coronavírus, segundo o governo do Estado, a Grande Florianópolis vive um momento de preocupação em relação ao avanço da pandemia. O número de casos ativos segue em crescimento e a ocupação dos leitos de UTI bateu 80% nesta quarta-feira (11).
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Conforme os dados atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde nesta quarta, Florianópolis é a cidade catarinense com mais casos ativos de covid-19 no momento. São 1884 pacientes em tratamento, enquanto no Estado inteiro o número é de 14,5 mil pessoas – o maior desde o início da pandemia.
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Outras cidades na região também estão com números de casos ativos altos, como Palhoça com 672 pacientes e São José com 458. A situação reflete também nos hospitais, que estão com a maior taxa de ocupação de Santa Catarina. Enquanto a média do Estado é de 71,5%, na Grande Florianópolis o índice é de 80,7%.
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Em Biguaçu, onde 292 pacientes estão em tratamento atualmente, 100% dos leitos de UTI para covid-19 no SUS estão ocupados. Além disso, o hospital do município vive problemas financeiros e está pedindo ajuda ao Estado para não precisar fechar a UTI no meio da onda de casos.
O cenário da pandemia na região motivou uma reunião entre secretários de saúde da Grande Florianópolis e o governo do Estado. Por enquanto não há a previsão de nenhuma nova medida de enfrentamento à pandemia, mas os municípios garantem que vão reforçar a fiscalização das regras em vigor atualmente e ampliar a testagem.
– Florianópolis vai dobrar a capacidade de testes. Estamos fazendo em média 400 testes por dia e vamos aumentar para 800. E junto com isso os outros municípios da Grande Florianópolis vão poder identificar mais rapidamente os pacientes contaminados e poder fazer o isolamento deles – destacou o secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, em entrevista à NSC TV.
Em relação à ocupação dos leitos de UTI, os secretários saíram da reunião com a expectativa de que o Estado irá reabilitar os leitos que haviam sido desativados em hospitais da região nos últimos meses, quando a pandemia recuou e a taxa de ocupação ficou abaixo dos 60%.
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