Das 29 mortes por atropelamento no 1º semestre deste ano na BR-101 em Santa Catarina, 15 ocorreram na Grande Florianópolis. O trecho de 109 quilômetros, que começa na cidade de Tijucas e termina em Paulo Lopes, foi o local da rodovia com mais pedestres mortos nos primeiros seis meses de 2019.
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O número representa um aumento de 150% comparado ao mesmo período do ano passado, no qual seis pedestres perderam a vida entre janeiro e junho nos municípios de Biguaçu, Palhoça, São José e Tijucas.
Maio e junho foram os meses mais violentos este ano na BR-101 em SC, contabilizando sete mortes, quase metade do total. O número de acidentes também teve crescimento, passando de 20 para 25. Os dados foram informados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) a pedido da reportagem e levam em conta somente as mortes no local do acidente.
Para o inspetor da PRF, Adriano Fiamoncini, esse tipo de acidente tem origem tanto na carência de infraestrutura quanto na composição geográfica dos municípios.
— O problema é o crescimento desordenado das cidades, que estão "engolindo" as rodovias. A BR-101 é um exemplo, por ser a mais urbanizada. Em alguns locais, a rodovia virou "avenida" que corta bairros extremamente populosos de São José, Palhoça, Itajaí, Balneário Camboriú, por exemplo.
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Em todas as rodovias federais do Estado morreram 38 pedestres nos primeiros seis meses do ano — 8,5% a mais em relação ao total de vítimas de 2018, que terminou o período com 35 mortes.
Apesar de ressaltar que os pedestres precisam ter mais paciência e cautela na hora de atravessar as rodovias, ele destaca a necessidade de aumento nos locais de passagem.
— Ao mesmo tempo, é preciso aumentar a oferta de passarelas para que eles tenham mais opções seguras para fazer essa travessia — afirma.
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