A Grande Florianópolis registra o menor número de casos ativos de Covid-19 dos últimos seis meses. Em 204 dias, desde 6 de outubro do ano passado, a região teve pela primeira vez apenas 2.024 pessoas em tratamento contra o coronavírus ao mesmo tempo. Os pouco mais de 2 mil pacientes ativos estão espalhados pelos 21 municípios que compõem a região.

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Entre 6 de outubro e esta quinta-feira, 29, a Grande Florianópolis viveu duas fases em que o número de casos ativos atingiu o ápice. A primeira vez foi entre 31 de outubro, quando a região liderava o indicador no Estado, e 21 de dezembro. 

Após oscilar em dois períodos entre janeiro e fevereiro deste ano, iniciou uma escalada a partir do dia 16 de fevereiro. O pico da pandemia foi registrado no dia 7 de março, quando acumulava 8.066 pessoas simultaneamente em tratamento contra a covid-19.

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Daquele momento até esta quinta-feira (29), a Grande Florianópolis é a única das seis grandes regiões de Santa Catarina a registrar uma queda praticamente constante, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde.

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Há exatamente um mês, os municípios da Grande Florianópolis somavam 5.160 casos ativos. Desde então, houve redução de 60,7%. Apenas na Capital, a queda foi de 69,7% nos últimos 30 dias. 

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Além disso, a diminuição nos casos ativos gerou impacto direto na fila por leitos de UTI, que há seis dias consecutivos, desde o dia 24 de abril, não registra espera por vagas. Além disso, nos últimos 22 dias a região teve, no máximo, duas pessoas aguardando por vaga na terapia intensiva.

Municípios do entorno da Capital fortaleceram queda

A redução no indicador tem sido puxada principalmente pelos municípios do entorno da Capital. Juntos, Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu e Governador Celso Ramos tinham 4.685 casos ativos há um mês. Agora, somam 1.685, uma redução de 64%.

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Mas em seis cidades houve aumento no número de pessoas em tratamento contra a covid-19 no mesmo período. É o caso de Paulo Lopes e São Pedro de Alcântara, na microrregião da Capital, e Nova Trento, São João Batista, Leoberto Leal e Major Gercino, localizadas na microrregião de Tijucas. Essas cidades somavam 144 casos ativos há um mês e agora têm 189, aumento de 31% no período.

Prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), admitiu que a pior situação da Covid desde o início da pandemia foi enfrentada pelas cidades da região no mês de março, época em que os gestores municipais, unidos, teriam elaborado algumas medidas em conjunto para diminuir a circulação de pessoas, especialmente durante a noite e aos fins de semana.

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– Desde então, os números vêm caindo gradativamente, tanto de internação, quanto de óbitos. É claro que há uma engrenagem no serviço de saúde que trabalhou muito, com testagem rápida, ampliação de leitos nas UPAs e hospitais. Com atendimento rápido a quem precisa, seja através do Alô Saúde ou de nossas unidades, e com a identificação de contaminados o quanto antes para isolar, conseguimos combater o avanço acelerado da doença – argumenta Loureiro.

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Outro fator considerado pela prefeitura da Capital, como essencial na redução, foi o início da vacinação contra o coronavírus:

– Mesmo que não esteja num ritmo ideal, segue acontecendo e imunizando os mais idosos, e isso já vem dando reflexo. Mantendo os cuidados nos próximos meses e avançando forte na vacina, esperamos que não haja novas ondas que venham a colapsar nosso sistema de saúde – conclui o prefeito de Florianópolis.

Na época, 22 cidades da Grande Florianópolis decidiram adotar novas restrições para tentar conter o avanço da pandemia de coronavírus na região. Os decretos municipais determinavam aulas remotas e proibiam as praias por uma semana, além da proibição de todos os serviços não essenciais entre 18h e 6h.

Aos poucos, no entanto, os decretos foram sendo derrubados por decisões judiciais ou pelos próprios prefeitos, com base em um argumento do Ministério Público de que os encontros presenciais nas escolas não poderiam ter sido suspensos sem que antes fossem proibidas as atividades não essenciais, como funcionamento do comércio, academias, restaurantes e outros estabelecimentos.

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A reportagem procurou a presidente da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis (GranFpolis), Cleci Aparecida Veronezi, nesta quinta-feira, para comentar sobre as ações e a redução de doentes na região, mas não teve retorno.

Demais grandes regiões de SC em situação oposta

Nas demais 5 grandes regiões do Estado, a situação é inversa. O Norte e o Vale do Itajaí têm cada um pouco mais de 4,3 mil casos ativos no momento, e a região Oeste, 3,8 mil. As três estão praticamente estagnadas desde 13 de abril, com dificuldades de baixar o número de pessoas em tratamento contra a covid-19.

O Sul do Estado também perdeu força na redução do indicador e apresenta agora 2.969 ativos. Já a Serra, com 1.576 ativos, apresenta praticamente a mesma situação observada no início de abril.

Mais dados da pandemia por cidade estão disponíveis no Painel do Coronavírus.

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