Grande Florianópolis tem aumento de 60% nos furtos de fios, diz Celesc

Os frequentes furtos de fios elétricos estão causando transtornos aos moradores do bairro Jardim Atlântico, em Florianópolis. As Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) informaram um aumento de 60% nestas ocorrências na Grande Florianópolis em um ano. 

O furtos também afetam os fios de telefonia e, com isso, falta de luz e de telefone, até que a fiação seja reposta, prejudicam principalmente comerciantes e trabalhadores autônomos, que precisam destes serviços para atender a clientela. 

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Morador da Avenida Atlântica, onde também tem uma loja de bicicletas, Edson José do Nascimento reclama desta insegurança no bairro. 

– Fiquei dois dias sem telefone, no ano passado cheguei a ficar duas semanas assim. No ano passado, tive que repor a fiação eletrica, furtada da minha casa, três vezes. Pagamos nossos impostos, mas… – reclama Edson. 

As Centrais Elétrica de Santa Catarina (Celesc) informaram um aumento, de 2020 para 2021, no registro de furtos de fios na Grande Florianópolis. No momento, nas 17 cidades da região, são em torno de 160 ocorrências de furtos de fios mensais. Antes da pandemia, eram cerca de 100 mensais.

Controle

O furto de fios tem como pena 1 a 4 anos de prisão, mas na maioria dos casos, o detido responde ao crime em liberdade. Para a diretora da Polícia Civil da Grande Florianópolis, delegada Michele Rebelo, o problema envolve uma questão social grave, que depende da mobilização de diversos setores. 

– É uma questão de saúde pública, em muitos casos, estes crimes têm sido praticados por usuários de drogas. Como são soltos em pouco tempo, acabam reincidindo. Precisariam de internação para superar a dependência – relata Michele. 

Operações

Operações conjuntas entre Polícia Civil, Polícia Militar, secretarias de Assistência Social dos municípios têm sido deflagradas mas a situação está longe de ser resolvida. 

– Há também um agravante, os compradores destes fios furtados. Só tem furto porque tem alguém que compra. Além disso, a permanência dos usuários de drogas nas ruas dificulta a ação dos serviços de assitência para encaminhá-los a um tratamento. Então, é um problema que também exige uma mudança de cultura da sociedade – explicou. 

O comandante da Guarda Municipal, Valci Brasil, informou que a corporação tem participado de operações com outras forças de segurança para coibir estes furtos. Além disso, orientou que em ocorrências deste tipo a população acione a Guarda pelo fone 153.

A prefeitura da capital informou que faz abordagens de pessoas em situação de rua em todas as regiões do município, oferece acolhimento e até cursos profissionalizantes. 

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