As prefeituras de Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Governo de Santa Catarina anunciaram nesta sexta-feira (10) uma ação conjunta para ampliar o número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais públicos e privados da região. A ação pretende abrir cerca de 60 leitos na rede de saúde. 

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O anúncio ocorreu depois de uma reunião entre os prefeitos e o secretário de Estado de Saúde, André Motta Ribeiro. 

Segundo o Governo de Santa Catarina, poderão ser ativados entre 25 e 30 leitos na rede estadual nas próximas semanas. Além disso, até 30 leitos poderão ser ativados em unidades que não são geridas diretamente pelo Estado, entre elas o Hospital de Biguaçu e o Hospital de Caridade.

Em uma nota conjunta, as quatro prefeituras informaram que a ampliação passará pela ativação de 27 leitos atualmente indisponíveis, por problemas como falta de equipamentos e equipes, e a abertura de novos leitos em hospitais públicos e privados.  

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As prefeituras das quatro cidades vão se mobilizar para apoiar a ampliação de leitos com recursos, informa ainda a nota.

Confome o mapa de risco do Governo do Estado, a ocupação de UTIs na região está em nível gravíssimo. Em Florianópolis, a taxa de ocupação chegou a 97% nesta quinta-feira (9), quando havia apenas seis leitos adultos disponíveis.

Juntas, as cidades somam 4,2 mil casos do novo coronavírus, sendo 1,9 mil apenas em Florianópolis. Em relação às mortes, são 48, com a maioria na Capital, 22. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

Segundo a SES, na reunião com os prefeitos o secretário André Motta disse que o momento não impõe a construção de hospitais de campanha, pois há espaço para ampliação de leitos na rede hospitalar. Ainda segundo o secretário, uma eventual instalação de hospitais de campanha deveria ser responsabilidade do Governo Federal.

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Outro assunto abordado na reunião entre o secretário de saúde e os prefeitos foi a informação precisa de percentual de ocupação e número de internados em hospitais públicos de cada município. As quatro cidades acreditam, pelos dados de suas vigilâncias em saúde, que a internação de seus moradores em UTI representa menos de 50% do total de internados na região.