O secretário de Saúde de Florianópolis, Carlos Alberto Justo da Silva, defendeu que as restrições anunciadas pela Capital nesta segunda-feira (22) sejam acompanhadas pelas prefeituras da região. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, da NSC TV, ele destacou a necessidade de ações conjuntas para conter o novo avanço do coronavírus nas cidades.

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Nesta segunda, Florianópolis anunciou o fechamento de shoppings, galerias, academias, restrições de horários para restaurantes e bares, e obrigatoriedade do uso de máscaras para todo o município, entre outras medidas. As novas restrições valem por 14 dias, a partir desta quarta (24), e foram tomadas devido ao aumento de casos de Covid-19.

Após o anúncio das novas restrições em Florianópolis, cidades da região também confirmaram que devem adotar novas medidas no combate à doença. São José e Palhoça, por exemplo, confirmaram novas proibições para controle do coronavírus. Mas as regras ainda não foram anunciadas. Os municípios devem divulgá-las ao longo desta terça-feira (23). A prefeitura de Biguaçu ainda estuda um plano de ação.

Na entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, o secretário de Saúde Carlos Alberto Justo da Silva defendeu que as cidades da Grande Florianópolis tomem “medidas similares” às anunciadas pela Capital. Ele frisou que o combate à doença não pode ser feito de modo isolado, já que a população dos outros municípios também circula pela cidade.

— A nossa expectativa é que essas medidas sirvam para toda a Grande Florianópolis. Porque o índice de contaminação que está subindo em Florianópolis está subindo mais fortemente ainda nas cidades da região. Nós, para podermos conter essa crise, nós vamos precisar que todos embarquem nessa situação de controle — afirmou.

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O secretário também falou sobre a motivação para as novas restrições em Florianópolis. Segundo ele, a cidade passou de uma média de 10 novos casos de Covid-19 por dia para cerca de 30. Ainda de acordo com ele, caso as medidas não fossem tomadas, as projeções apontavam para um esgotamento do atendimento de saúde em 15 dias.

— O que ocorreu nas duas últimas semanas foi uma ideia da cidade como um todo que não estava acontecendo mais nada, mas a população tem que entender que enquanto não chegar uma outra vacina, a vacina que nós temos hoje, que funcionou em todo mundo, é o isolamento social — reforçou o secretário.

Em boletim do governo estadual divulgado nesta segunda-feira, Florianópolis é quarta cidade em casos confirmados em Santa Catarina, com 1.122 contaminados desde o início da pandemia, e a sétima no número de pacientes ativos, com 99 pessoas em tratamento. Até aqui, houve 10 mortes na Capital, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES).