A cerimônia de entrega do Grammy se transformou em uma homenagem a Whitney Houston, quando a organização do evento montou uma espécie de tributo no último minuto. O espetáculo de domingo, apenas um dia após a cantora ser encontrada morta em seu quarto no hotel Beverly Hilton, começou em tom de despedida.
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– Sofremos uma morte em nossa família – disse o anfitrião da festa, LL Cool J., pouco depois de Bruce Springsteen abrir o show com sua nova música, We Take of Our Own.
Cool J. guiou o público em uma oração à “irmã caída” da música, enquanto a multidão abaixava a cabeça no Staples Center. Ele declarou que a noite seria para “celebrar e recordar” e apresentou um clipe com Whitney cantando I Will Always Love You no Grammy de 1994.
O fato de a cantora ter morrido tão perto da transmissão do evento significou que “uma homenagem com todas as letras” não foi possível, disse o produtor do espetáculo, Ken Ehrlich.
– Os músicos, por natureza, improvisam – afirmou o presidente da Academia, Neil Portnow, na passagem pelo tapete vermelho.
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– Quando há uma tragédia, a família se reúne e esta é a minha família – contou o produtor Jimmy Jam.
– Haverá de tudo esta noite, e assim devem ser as emoções. Me alegra que estejamos todos juntos para chorarmos juntos – ressaltou Bonnie Raitt.
Os músicos que cresceram na década de 1980 reconheceram a perda de uma das marcas sonoras da juventude. A cantora de R&B, Ledisi, ofereceu uma improvisada interpretação de How Will I Know no tapete vermelho.
– É um tom muito sombrio o da noite deste Grammy, porque perdemos nossa heroína. Me aperta o coração – lamentou a cantora Kelly Rowland.
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