O atacante Rodrigo Gral não joga mais pela Chapecoense. Emocionado, o jogador fez o anúncio em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, com a presença dos diretores e do zagueiro Rafael Lima.

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Gral vestiu boné verde, agasalho verde, calça branca e tênis branco, cores da Chapecoense, para anunciar sua despedida. Ele não fez discurso. Leu uma carta onde enalteceu as conquistas dos dois acessos, para as Séries B e A, em dois anos de clube.

Desde que cheguei em agosto de 2012 e depois, com a vinda do professor Gilmar Dal Pozzo, pude passar alguns dos meus melhores dias de vinte anos de trajetória“, dizia num dos trechos da carta.

Gral atuou 51 jogos e fez 24 gols, incluíndo amistosos. Entre eles o gol número 500 da carreira, segundo sua contagem.

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Jogar na Chapecoense era um sonho de criança, pois o garoto nascido em Caxambu do Sul mudou-se para Chapecó e acompanhava o pai no estádio Ìndio Condá.

Depois foi para o Grêmio, Flamengo se destacou no futebol japonês e, antes de acertar com a Chapeconese, jogou em Brunei.

O presidente da Chapecoense, Sandro Pallaoro, lembrou do dia em que conheceu Rodrigo Gral, para negociar sua contratação.

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– Estava diante de ídolo para quem torcia quando jogava no Flamengo – afirmou o presidente, reconhecendo simpatia pelo time rubro-negro.

Pallaoro disse que o clube não tinha dinheiro para pagar o que o jogador merecia, mas que Gral dispensava o salário, só queria jogar no clube de sua cidade.

– No começo nós tínhamos dúvida do desempenho dele, por causa da idade – afirmou.

O vice-presidente de futebol, João Carlos “Maringá”, lembrando que na época o jogador já tinha 35 anos e ainda vinha de lesão. Dois anos depois, ele considera Gral um dos maiores jogadores com quem trabalhou, pois era usado como exemplo de atleta nos treinamentos.

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– Ele é um dos responsáveis pela Chapecoense estar na Série A – declarou.

Gral chorou quando Rafael Lima o chamou de irmão. Ele lembrou que o atacante era referência no grupo, pelos títulos conquistados.

– Quando o Rodrigo chegou, em 2012, até nós, os desconhecidos, ficamos impressionados com a humildade dele – disse o capitão, que fez questão de participar da coletiva.

Gral recebeu uma placa de homenagem do clube. E, mesmo tendo parado, no acerto ainda mantém vínculo com o clube, até assinar contrato com outra equipe. Na carta, Gral informa que não está encerrando a carreira. “Acredito que ainda possa render e quero jogar mais uma temporada”.

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O atacante não consguiu jogar a Série A, por uma série de lesões, que o fizeram encerrar seu ciclo na Chapecoense. Mas realizou o sonho de jogar pelo time de sua cidade e ajudando-o a chegar na Série A.