Quem é o melhor jogador do mundo? A primeira resposta de Bruno Grahl, oito anos, é Messi. Logo em seguida emenda: E o tio. Bruno Grahl é sobrinho e afilhado do atacante Rodrigo Gral, da Chapecoense, artilheiro do Catarinense com cinco gols. Ele está orgulhoso com o desempenho do tio.

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E aproveitando quando o padrinho tem folga para ir passear com ele no shopping, onde comeu lanche, batata-frita, jogou boliche e disco de mesa. Bruno é filho de Rafael Grahl, irmão de Rodrigo, que foi registrado com grafia diferente no sobrenome.

Rodrigo está feliz com seu retorno a Chapecó, pois além da boa fase no campo, reencontrou amigos de infância, atingiu 500 gols na carreira e realizou o sonho de jogar no time que torcia quando era criança.

Em Chapecó, ele pode curtir momentos de descontração com o sobrinho, coisa que não podia fazer quando jogava no Japão, Qatar e Brunei. A família mudou-se de Porto Alegre para Chapecó. Além do sobrinho e o tio Rafael, vieram também os pais Celito Grahl e Terezinha Tonini Grahl.

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Rafael, que já jogou no Avaí em 2006, Barcelona B, Sagan Tosu, no Japão, e São José-RS, largou o futebol e agora cuida da carreira de Rodrigo. O outro irmão, Ricardo, é goleiro e jogou no Santa Cruz-RS, no Qatar e no Hercílio Luz.

Apesar de viver numa família de boleiros, Bruno não quer saber de seguir a mesma profissão. No momento ele quer ser skatista.

– Futebol é muito chato – reclama.

Ele só gosta de futebol é no videogame. ?

Confira entrevista com o artilheiro do Catarinense

“Sempre penso em ser campeão”

Artilheiro do campeonato catarinense, com cinco gols, o atacante Rodrigo Gral aproveitou um momento de folga para passear com o sobrinho Bruno. Enquanto fazia um lanche ele concedeu entrevista ao Diário Catarinense e falou do bom momento, o aprendizado com o técnico da seleção, Luiz Felipe Scolari, e as metas de ser campeão e artilheiro do catarinense.

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Diário Catarinense – Você se sente revigorado em Chapecó?

Rodrigo Gral – Para mim a família é tudo. Eles sempre me apoiaram, foram comigo quando mudei para Porto Alegre, atrás do meu sonho. Agora estão voltando com mala e cuia. Eles são o suporte para tudo. É gratificante rever meus amigos. Chapecó está bem diferente. Tem shopping, a Chapecoense evoluiu. Estou muito motivado. Sempre penso em ser o melhor, em ser campeão, em evoluir. Se erro um cabeceio repito cinco ou seis vezes até acertar.

DC – Nesses jogos você sempre parece estar no lugar certo para fazer o gol, é fruto da experiência da passagem por grandes clube e seleção sub-20?

Gral – A experiência vem com o tempo. Onde eu posso render mais é próximo da área. Sei fazer a leitura do jogo, onde está o espaço vazio, sei antecipar e usar o corpo. Além disso conheço os companheiros e sei o que eles vão fazer.

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DC – Com quem você aprendeu mais?

Gral – Aprendi muito com o Luiz Felipe Scolari, quando ele treinou o Grêmio, em 1995 e 1996. Aprimorei o cabeceio. Tive companheiros que me ensinaram muito, com o Paulo Nunes. Joguei também com o Ronaldinho Gaúcho e o Júlio César. No Bahia, em 2010, meu treinador foi o Renato Gaúcho, que era um ídolo da infância.

DC – Com os cinco gols está confiante na conquista da artilharia do estadual?

Gral – O primeiro objetivo é ser campeão. Se você não é campeão não adianta nada atingir o objetivo individual. Mas, com gols, posso contribuir para isso. Nosso grupo é muito unido e isso tem feito a diferença.

DC – Você renovou contrato só por seis meses?

Gral – Tenho recebido propostas de outros clubes, mais vantajosas, mas minha vontade é permanecer na Chapecoense para a Série B.

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