A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou nesta segunda-feira que a própria SBM relatou a ela o pagamento de propina a seus funcionários. No entanto, não soube dizer os nomes dos funcionários envolvidos e o valor da propina paga.
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A Petrobras não vai interromper os contratos já em curso com a holandesa SBM ou com as empreiteiras acusadas de atuar no esquema de corrupção investigado no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
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– A SBM tem tido uma performance excepcional na operação de oito (plataformas) FPSO, sempre acima da média. Não vamos interromper os contratos com ela nem com outras empreiteiras que trabalham conosco até que tenhamos informações tão avassaladoras a ponto de encerrar os contratos com elas – disse a presidente da estatal.
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Antes, a executiva afirmara que a participação da SBM em novas licitações da Petrobras estava vetada. Segundo ela, o caso da companhia holandesa é distinto porque ela admitiu ter agido com corrupção.
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– Ela (SBM) oficializou para nós que corrompeu empregados da Petrobras, então não tem menor chance de continuar trabalhando conosco até que tudo esteja esclarecido – afirmou.
O diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais da Petrobras, José Antonio Figueiredo, explicou que sempre que se identifica uma não conformidade contratual com uma companhia a Petrobras pode suspendê-la por um período de seis meses a dois anos. Isso pode ocorrer por mau desempenho ou postura inadequada no relacionamento comercial.
– Toda vez que o jurídico nos comunica, abrimos uma comissão especial para analisar. Os contratos em andamento continuam, mas relações futuras vão depender das investigações – disse Figueiredo.
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Graça disse também que ainda não há uma decisão tomada de criação de uma diretoria de governança corporativa, o que deve ser definido pelo conselho de administração da empresa.
– Não cabe à diretoria indicar a criação de outra diretoria.
Por enquanto, explica, o que foi feito foi apresentar a proposta ao conselho, que se comprometeu a avaliar a proposta.
* Estadão Conteúdo