Um mensageiro, escoltado por uma dúzia de veículos policiais, sairá da Ala Lindo do Queen Mary’s Hospital, em Londres.

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Pouco depois, um cavalete dourado em frente ao Palácio de Buckingham informará, em uma folha timbrada e assinada pela equipe médica, o nascimento do primeiro herdeiro do Príncipe William e de Kate Middleton.

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:: Direto de Londres, a expectativa pela chegada do herdeiro de Kate e William

A ansiedade para que se cumpra o protocolo da monarquia britânica no nascimento do terceiro na linha de sucessão ao trono mobiliza a Grã-Bretanha. A imprensa faz plantão diante do hospital, bancas de apostas já recolheram milhões de libras com perguntas sobre o sexo e o nome do bebê, mantidos em sigilo, e até a rainha Elizabeth II, geralmente tão reservada, revelou sua expectativa.

– Gostaria que o bebê chegasse logo. Saio de férias em breve. Mas nada em vista – desabafou, ontem, em visita ao parque de Lake District.

Em meio aos segredos sobre o parto – que, segundo tabloides britânicos, deverá ser normal -, os pais de Kate deixaram escapar a amigos que o bebê nasceria sob o signo de Leão (a partir de 22 de julho). Mas a sogra de Kate, Camilla Parker-Bowles, disse que a criança chegará até o fim de semana. Há, também, quem acredite que a forte onda de calor na Europa antecipe ainda mais a visita da cegonha.

Assim como o casamento de William e Kate, que rejuvenesceu e injetou ânimo na popularidade da família real, a gravidez movimenta a economia britânica. Estima-se que produtos licenciados pela família real, como roupinhas estampadas com a frase “nascido para reinar” e pijamas que lembram os uniformes da guarda real britânica possam gerar um extra de cerca de 243 milhões de libras (R$ 826 milhões) para a economia do país, segundo estimativas publicadas pela agências de notícias Reuters.

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Se a tietagem à gestação de Kate demonstra como o jeito simples da jovem deixou a família real mais pop, exageros no cerco da imprensa também geram críticas. Ontem, os republicanos britânicos, que representam 10% da população, contestaram a histeria do público.

Mathieu Deflem, professor de sociologia da fama e do sucesso na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, destaca os excessos da cobertura midiática:

– É o nascimento mais aguardado da era do Twitter. Mesmo assim, ou talvez por isso mesmo, é um circo.