O Honda GP Brasil de Motocross, disputado neste domingo, na pista montada no parque de diversões Beto Carrero World, em Penha, garantiu a atenção dos apaixonados por velocidade e lama. Aliás, muita lama.

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Nem o garoa fina que insistiu em cair durante a manhã e a chuva que trouxe enormes dificuldades para os melhores pilotos do mundo foi capaz de estragar a diversão dessa turma.

O comerciante Diego Rosa Pedro, 25 anos, era o novato de uma turma de 10 trilheiros da cidade de Santa Fé, distante 50 quilômetros de Maringá, no Nordeste do Paraná, que encarou uma viagem de 12 horas para acompanhar a prova.

Apaixonados pelo off road sobre duas rodas, a turma comprou os ingressos com quatro meses de antecedência e chegou na sexta-feira para se hospedar em um hotel de Itajaí e também acompanhar os treinos no sábado.

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– O Antônio Cairoli (piloto italiano, cinco vezes campeão do mundo) rodando é diferenciado. Ele é que dá o brilho para o evento – constatou Diego.

A caravana de Diego é um das tantas que acompanharam o evento e movimentaram a economia da região. Segundo Diego, além dos R$ 165 gastos com cada ingresso, cada um dos 10 aficcionados devem ter gasto R$ 500 em alimentação e hospedagem no final de semana.

Família torce unida

Já o empresário Jean Carlos Benvenutti, 39 anos, foi despertado pelo filho João Vitor, de quatro anos, às 5h, em Joinville, onde moram. Nas palavras do pai, ele estava “agoniado” para a viagem até Penha, para assistir ao GP Brasil.

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Já na arquibancada, uniformizado com a camiseta “ingresso”, João esperou pacientemente no colo da mãe, Doraci Benvenutti, enquanto as baterias não começavam.

– A chuva pode atrapalhar um pouco a prova. Não sei se a motos irão tracionar tanto. Muita lama quebra 50% do espetáculo – explicava Jean Carlos, com o conhecimento de quem também é piloto.

Bate e Volta

Os comerciantes Alexandro da Silva e Flávio Grings não se cansaram de “cair na estrada” para acompanhar as feras sobre duas rodas no parque Beto Carrero World. Moradores de Brusque, a dupla viajou no sábado para acompanhar os treinos, voltou para a casa à noite, e retornou no domingo para assistir às baterias.

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Do alto da arquibancada coberta, com vista privilegiada para a largada, eles aproveitaram para registrar todos os detalhes com a filmadora do telefone celular.

– Aquele larga na frente vai ganhar (risos). Mas falando sério, a gente veio assistir porque gosta e porque pratica também o motocross – explicou Flávio.