A Secretaria de Aviação Civil (SAC) apresentou nesta terça-feira o Plano Operacional para a Copa do Mundo, com o planejamento que será aplicado aos aeroportos brasileiros entre os dias 6 de junho e 20 de julho deste ano por causa da competição. O principal objetivo é evitar congestionamentos nas pistas e nos pátios.
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O plano envolverá 29 aeroportos prioritários situados nas 12 cidades que serão sede de jogos da Copa ou a até 200km desses municípios. Outros 45 aeroportos próximos serão monitorados para serem utilizados em caso de necessidade. Além disso, mais 16 bases aéreas fazem parte do planejamento do governo.
Durante o período, esses aeroportos estarão coordenados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) da Força Aérea.
– Todos os pousos e decolagens deverão ser autorizados por esses órgãos -, afirmou o secretário-executivo da SAC, Guilherme Ramalho.
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De acordo com a SAC, os horários dos voos comerciais regulares não serão afetados, mas a aviação executiva terá suas operações condicionadas à disponibilidade de horário e espaço para pousos. Também haverá zonas de exclusão aérea no perímetro dos estádios nas horas imediatamente anteriores e posteriores às partidas.
– Durante a Copa, teremos 123% a mais de vagas para aeronaves nos aeroportos, passando das atuais 1.329 para 2.970 vagas. Para isso, usaremos aeroportos secundários na região das cidades-sede para o estacionamento das aeronaves -, completou Guilherme Ramalho.
Segundo a SAC, 12% das 11,5 milhões passagens ofertadas durante a Copa do Mundo já foram vendidas, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Para que a movimentação dos passageiros ocorra com normalidade, o número de funcionários nos aeroportos selecionados aumentará 209%. Também haverá operações especiais para a chegada e partida das 32 seleções que disputarão o Mundial.
– Teremos totais condições para atender a essas demandas específicas do campeonato -, avisou Guilherme Ramalho.
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– O planejamento retrata o esforço de uma equipe que vem sendo treinada não só para a Copa, mas para todos os grande eventos do Brasil. Depois da Copa das Confederações de 2013, estamos muito mais amadurecidos para aplicar o plano -, disse o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco.
O ministro lembrou ainda que a rede de aeroportos coordenados durante o evento funcionará para que eventuais ocorrências climáticas não atrapalhem a movimentação dos passageiros. Além disso, em 14 de maio começarão a ser recebidos os pedidos de slots para jatos executivos.
– As pessoas saberão com antecedência onde poderão estacionar as aeronaves, evitando-se o problema que ocorreu na Copa de 2010, na África do Sul -, explicou.
Atraso gera problemas no Ceará
Moreira Franco admitiu que atraso nas obras de modernização e ampliação do aeroporto de Fortaleza levaram o governo a utilizar um plano alternativo para a Copa.
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– Nós mesmos colocamos nossa preocupação em relação ao aeroporto. Eu visitei quatro vezes Fortaleza e decidimos implantar o plano alternativo, com a montagem de uma estrutura provisória. O nosso único problema é em Fortaleza. Todos os demais aeroportos estarão preparados para a Copa do Mundo sem a necessidade de estruturas provisórias -, completou.