O Centro de Pesquisas Oncológicas Alfredo Daura Jorge – o Cepon – é considerado referência nacional no tratamento de câncer. Dirigido desde a criação por um grupo de voluntários e mantido por um qualificado corpo médico e dedicados servidores, tem avaliação excepcional dos pacientes e de seus familiares. Atendimento de alto nível e a assistência humanizada.
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O Cepon possui hoje 53 mil pacientes cadastrados. Eles enfrentaram o dramático diagnóstico, recuperaram-se com cirurgias salvadoras e muitos continuam o tratamento para evitar a reincidência. Aí vem a notícia de que o governo não repassa os recursos, e o sistema entra em crise. Resultado: só no efeito psicológico há risco de agravamento da doença. A dívida do Estado com o Cepon está em R$ 55 milhões. O governo diz que já repassou R$ 73 milhões este ano. Desse total, mais de R$ 40 milhões eram de débitos de 2015. As cirurgias estão suspensas.O secretário da Saúde, João Paulo Kleinübing, informa que há um acordo de parcelamento do débito com o Cepon.
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O secretário da Fazenda, Antônio Gavazzoni, repassou recursos no final do mês passado, mas o Cepon não viu a cor. Promete solução financeira esta semana. O Hemosc sofre ameaça semelhante. É responsável pelo sangue de 98% dos hospitais públicos e privados de Santa Catarina, portanto, vital para a assistência à saúde de toda a população. Pode suspender coletas. O governo trata câncer e sangue como se fosse unha encravada. Na campanha, Raimundo Colombo repetiu à exaustão que suas prioridades seriam: “Saúde, saúde e mais saúde”. Cadê o governador?
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