Enquanto os Estados estão tentando alterar a metodologia para o cálculo de suas dívidas, o Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, afirma que “não há dúvida (sobre o tema) nem espaço para negociação”.

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— Nesse caso, não há possibilidade de acordo pois está se julgando o mérito de uma liminar sobre qual é o regime de juros aplicável a esse contrato — disse nesta sexta-feira.

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O ministro terá, na próxima semana, uma reunião com governadores que será mediada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin.

Em reunião com a ministra Cármen Lúcia, Barbosa apresentou os mesmos argumentos que levou aos outros três magistrados da corte com quem já conversou.

— Vamos apresentar mais argumentos, vamos mostrar que os Estados mais endividados são os mais ricos, achamos que temos uma solução mais adequada que é o alongamento e que foi negociada para reforçar a tese do governo — disse, defendendo a posição do governo e o projeto encaminhado ao Congresso para renegociar.

O ministro foi enfático ao dizer que há um canal de diálogo com os governadores, mas que essas conversas são sobre o alongamento da dívida e resultaram no projeto de alongamento que está tramitando.

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— Estamos tentando apressar, dentro do possível, a análise desse PL no congresso para dar um alívio mais rápido — disse.

O julgamento do mérito está marcado para o próximo dia 27. Para evitar desavenças, o dirigente da Fazenda evitou se posicionar sobre como a corte fará esse julgamento.

— Não cabe a mim fazer conjecturas sobre qual vai ser o posicionamento — afirmou.

Contrapartidas

Enquanto ressalta que não há como negociar uma flexibilização na metodologia de cálculo das dívidas estaduais, Barbosa já admite que é possível negociar as contrapartidas exigidas pelo governo para o alongamento das dívidas. Segundo ele, essa negociação está acontecendo, mas “a palavra final cabe ao Congresso”.

— Estamos vendo o que pode ser absorvido ou não, mas é importante ter contrapartidas — frisou.

Horas antes de entregar ao Congresso Nacional a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, o ministro da Fazenda preferiu não se antecipar sobre o que o governo levará ao legislativo para o ano que vem.

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— Vou falar sobre isso às 15h30min — disse.

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*Estadão Conteúdo