O governo vai enviar ao Congresso a proposta de reforma da Previdência com aposentadoria aos 65 anos. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), argumenta que o déficit pode chegar a R$ 200 bilhões no ano que vem.
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Em entrevista ao Jornal da CBN, Padilha disse que a proposta do governo será de um tempo de transição entre 15 e 20 anos para que a nova idade mínima seja implantada. Segundo o ministro, quem já tem o direito de se aposentar não irá perder o direito.
O corte para as novas regras será de 50 anos. De acordo com ele, o presidente Michel Temer defende uma transição mais lenta para mulheres e professores.
Para defender a reforma, o ministro chefe da Casa Civil diz que quando o primeiro sistema de Previdência foi criado no Brasil, em 1934, a idade mínima prevista já era 65 anos, quando a expectativa de vida era de 37. “Hoje, (a expectativa) é de 78 anos e estamos piores, porque não tem idade e muitos se aposentam na faixa dos 50 ano”’, disse.
Segundo o ministro, a reforma na Previdência será votada na Câmara dos Deputados ainda este ano e no Senado no ano que vem.
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Além da reforma na Previdência, Padilha citou o déficit nas contas públicas de R$ 170,5 bilhões este ano para defender o ajuste fiscal. Segundo ele, os cortes não vão atingir investimentos na saúde e na educação. O ministro admite, porém, que haverá cortes em todas as outras áreas.