O governo está enfrentando dificuldades para criar uma fórmula fechada que faça com que produtores e distribuidores mantenham o abastecimento constante de etanol no período de entressafra da cana-de-açúcar.

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Para março, quando a situação geralmente se agrava por ser o fim do período sem oferta de produto, o governo pretende estipular que o agricultor apresente a cada ano, no primeiro dia desse mês, um estoque de anidro que corresponda a pelo menos 8% da sua produção dos últimos 11 meses.

Esta possibilidade constava de um esboço do marco regulatório do setor de etanol que esteve em consulta pública na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) por 20 dias, que foi seguida por uma audiência pública. Mais de 100 propostas foram enviadas à autarquia e agora os técnicos de várias áreas do governo tentam amarrar as sugestões.

– Não adianta resolver o problema de março se não temos a segurança de abastecimento em dezembro e, principalmente, em janeiro e fevereiro. Temos a garantia dos 8%, mas o problema agora é resolver o primeiro bimestre – disse uma fonte do governo que participou ontem de uma reunião para discutir o assunto, com a participação de técnicos dos ministérios de Minas e Energia e da Agricultura, além da ANP.

Segundo outra fonte ouvida pela Agência Estado, ficou claro no encontro é que o consumidor sentirá na pele a falta de fartura de álcool para poder escolher entre etanol ou gasolina na hora de abastecer.

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