Representantes da Embratur, organismo governamental encarregado do setor de Turismo, disseram nesta segunda-feira à Agência Efe que o país pretende “prestar uma atenção muito especial à América do Sul” e ressaltaram a criação do programa “65 destinos de qualidade”, uma iniciativa que pretende promover diferentes regiões brasileiras.

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A presidente da Embratur, Jeanine Pires, comentou alguns os projetos nos quais trabalha atualmente o setor turístico brasileiro, aproveitando sua participação na Feira Internacional de Turismo de Londres (WTM), uma das reuniões mais importantes do setor, inaugurada hoje na capital britânica.

– O Brasil trabalha muito em dois eixos: na promoção do país, fazer ver que o Brasil tem uma diversidade natural e cultural muito grande e em perceber que é possível em uma única viagem conhecer diferentes lugares – assinalou.

Pires lembrou que “80% das pessoas que visitam o Brasil gostariam de voltar”, uma estatística que atribui a essa “diversidade, que faz com que o povo queira voltar e na qual cabem as viagens de família, de casal, com filhos, sem filhos, de negócios”.

O Ministério do Turismo se propõe também, dentro dessas novidades no setor, “fazer com que os brasileiros viajem dentro do Brasil e prestar uma atenção muito especial à América do Sul”.

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– Percebemos que 86% dos europeus viajam na Europa, e 68% de sul-americanos viajam na América do Sul, por isso que é preciso cuidar das relações de vizinhos e fronteiras – afirmou.

Nova estrada

Como exemplo, Pires citou a construção de uma estrada que ligará a zona do Pantanal com o deserto do Atacama, no Chile, “2 mil quilômetros que estarão prontos o ano que vem”, segundo ela.

– Começamos a desenvolver outros produtos, que são interessantes para os brasileiros e para os sul-americanos de outros lugares – observou.

Quanto às conseqüências que poderia ter a crise mundial nessa indústria, ela se mostrou cautelosa.

– Acho que o turismo é uma zona econômica muito afetada por fatores externos como são a mudança, a situação econômica, e está claro que não temos um cenário claro, por isso estamos atentos – apontou.

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