A construção de 1 milhão de moradias para as famílias com renda entre dois e cinco salários mínimos mensais é a meta do governo até o final de sua gestão, em 2010. A proposta faz parte do pacote de estímulo à construção civil que deve ser anunciado, quarta-feira, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o pacote também contemplará a classe média. Uma das medidas previstas é a correção do teto do valor do imóvel a ser adquirido pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) dos atuais R$ 350 mil para R$ 500 mil.
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Apresentadas na última quinta-feira, as linhas gerais do pacote agradaram Lula. O presidente, no entanto, pediu uma série de detalhamentos. O Palácio do Planalto aposta na construção civil como contraponto à onda de desemprego iniciada em novembro por ser um setor que emprega muito e acolhe trabalhadores com pouca qualificação. Além disso, é uma forma de expandir o Produto Interno Bruto (PIB) sem pressionar o balanço de pagamentos, pois a construção civil usa poucos insumos importados.
O público preferencial do pacote são as famílias com renda mensal até cinco salários mínimos (R$ 2.075). Conforme o Ministério das Cidades, o déficit habitacional do país é de 7,2 milhões de moradias, das quais 54% estão concentradas nas famílias com renda entre R$ 600 e R$ 1,6 mil
Para atingir a meta, o governo planeja ampliar o chamado Programa de Arrendamento Residencial (PAR), que atende a mutuários com renda de até R$ 1,8 mil mensais. Por meio desse programa, a família paga o arrendamento (uma espécie de aluguel), mas tem a opção de comprar o imóvel a partir do 5º ano do contrato, que é de 15 anos. O agente financeiro é a Caixa Econômica Federal.
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