Pressionado pela desvalorização do dólar, o governo federal resolveu mudar a estratégia de negociação da reforma tributária e pediu nesta sexta-feira aos Estados que se acabe, o quanto antes, com a guerra fiscal com produtos importados.
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Alguns Estados estão dando descontos no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para movimentar seus portos.
– Na prática, significa uma taxa de câmbio mais favorecida para mercadorias importadas. Isso pode fazer sentido para o Estado, mas do ponto de vista do Brasil, como um todo, é um benefício a produtos vindos do Exterior – comentou o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
A proposta é que a alíquota interestadual do ICMS sobre os produtos importados seja reduzida para 4% a partir de 2012.
Em troca do fim dessas práticas pelos Estados, o governo concordou em abrir negociações para mudar as condições das dívidas estaduais e prometeu criar fundos de desenvolvimento regional. Também prometeu apoiar uma proposta de regulamentação, pelo Congresso, da tributação sobre vendas na internet.
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Esses termos foram apresentados ontem por Barbosa na reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários estaduais de Fazenda.
O fim da guerra fiscal nos importados já havia sido proposta, mas depois a ideia foi ampliada para abranger todos os produtos. A discussão, porém, começou a embolar. Por isso, o governo federal deu um passo atrás e resolveu priorizar só os importados novamente.