A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou, nesta quarta-feira, 23, que o governo não pretende rever o modelo de concessão de aeroportos, por meio do qual a Infraero fica com 49% nos consórcios e o restante fica com grupos privados. Ontem, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, disse que esse modelo é um “sacrifício” para o país, pois exige que o Tesouro faça aportes para que a Infraero possa acompanhar os investimentos do concessionário e mantenha sua participação.
Continua depois da publicidade
– Eu não ouvi a declaração do ministro Moreira, não sei em que contexto falou, mas a opção por esse modelo é de sustentabilidade da Infraero e não pretendemos rever, até porque temos aeroportos que precisam ser administrados, ter boa gestão e não podem ser concedidos -, afirmou a ministra, ao chegar para audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado.
Gleisi sinalizou ainda que as empresas do setor aéreo não devem receber nenhum tipo de ajuda do governo.
– O governo entende que já deu uma colaboração importante para as empresas aéreas. A desoneração da folha de pagamento foi importante nos custos, assim como o não aumento das taxas aeroviárias e a não cobrança de taxas aeroportuárias. Temos dificuldades para avançar além desse esforço que o governo já apresentou – disse.
Segundo a ministra, o subsídio que o governo dará à aviação regional ainda está em discussão.
Continua depois da publicidade