O governo Lula apresentou aos presidentes da Câmara e do Senado uma nova proposta de mudanças no Imposto sobre Operação Financeira (IOF), mas adiou a divulgação das medidas para a semana que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou nesta terça-feira (3) as sugestões do governo ao senador Davi Alcolumbre (União-AP) e ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Enquanto isso, permanece em vigor a alta do IOF anunciada pelo governo na semana passada. As informações são do portal g1.

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O ministro Fernando Haddad admitiu que o cuidado especial com o tema se dá para evitar uma derrota no Congresso. Havia o temor de que a proposta original, feita por decreto pelo presidente Lula, fosse derrubada pelos parlamentares.

— Nós estamos tendo esse cuidado todo porque dependemos dos votos do Congresso Nacional, O Congresso precisa estar convencido que é o caminho mais consistente, do ponto de vista da política macroeconômica — afirmou Haddad.

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Haddad voltou a defender a alta do IOF, afirmando que as medidas são “justas e sustentáveis do ponto de vista macroeconômico”.

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Os presidentes da Câmara e do Senado também falaram após a entrega da nova proposta do governo e destacaram a disposição do governo em dialogar para encontrar uma proposta de consenso, que busque o equilíbrio de contas públicas. Alcolumbre disse eu não é possível derrubar o decreto do IOF sem evoluir na discussão sobre o tema.

— Não poderemos rever um decreto sem antes discutirmos uma agenda estruturante de país – afirmou.
No final de maio, o governo federal anunciou elevação de alíquota de IOF de 1,88% para 3,95% e algumas medidas como a cobrança de imposto sobre aplicações mensais de mais de R$ 50 mil em planos de previdência privada no formato VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

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