O governo Jorginho Mello (PL) teve as principais movimentações da primeira semana concentradas nas nomeações de novos secretários e exonerações de servidores da gestão anterior. O governador recebeu visitas de aliados e participou de solenidades, mas os primeiros dias foram tímidos em anúncios de ações e medidas de governo já executadas.

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Segundo a assessoria, esse período foi destinado para que os novos secretários tomassem ciência da realidade atual de cada pasta – em especial os que não participaram integralmente da transição. Ainda assim, os compromissos iniciais abordaram a saúde, tema que o novo governador prometeu ser o foco das primeiras ações de governo.

A reportagem destacou as primeiras ações adotadas no governo Jorginho.

Nomeações

A principal movimentação dos primeiros dias de governo Jorginho foram as nomeações dos novos secretários de Estado e as exonerações de cargos de confiança que atuavam no governo de Carlos Moisés. Na cerimônia de posse, 23 nomes foram empossados. Eles tiveram as indicações confirmadas nos dias seguintes, no Diário Oficial. A maioria já tinha sido anunciada no fim do ano passado, mas houve novidades como a nomeação de Laudelino Bastos na Casan e de Jeferson Cardozo na Secretaria de Administração Penal e Socioeducativa (SAP).

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Este último foi responsável pela primeira polêmica da nova gestão. Ele teve a nomeação cancelada dois dias após o anúncio da indicação, depois que reportagens mostraram que ele já foi preso durante uma operação policial em 2019. Cardozo gravou um vídeo na terça-feira, dia 3, confirmando que a situação dele para seguir no governo havia ficado “insustentável” e dizendo que pediu ao governador para deixar a equipe. O vereador de Chapecó Neori Mantelli vai responder interinamente pela pasta.

“Exoneraço”

A primeira semana de governo foi marcada também pelo “exoneraço”, uma exoneração conjunta de 1,5 mil nomes que ocupavam cargos comissionados na gestão Moisés. Jorginho também fez a dispensa de servidores de carreira que estavam atuando em cargos de confiança, por meio das chamadas funções gratificadas. A saída coletiva desses funcionários públicos já era prevista após o início do novo governo. A expectativa é de que alguns ainda possam ser reaproveitados.

Reforma administrativa

Outra novidade da largada do governo Jorginho foi o anúncio de uma reforma administrativa. A explicação, feita ainda no discurso de posse do governador, é de que a medida será tomada por uma medida provisória, e que somente após essa publicação é que os demais nomes que ainda faltam para compor o primeiro escalão do governo serão anunciados. Na prática, a reforma deve oficializar a criação de novas secretarias já anunciadas pelo atual governador como a de Ciência e Tecnologia e Relações Governamentais.

Suspensão de obra

O governador Jorginho Mello (PL) também suspendeu o início da obra de iluminação cênica da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. A informação foi publicada pela colunista da NSC, Dagmara Spautz. Os trabalhos tinham recebido ordem de serviço na reta final do governo Moisés, em 13 de dezembro, e a previsão de conclusão era julho deste ano. O custo estimado é de R$ 8,9 milhões.
A ideia do novo governo é de que esse e outros contratos do governo anterior passem por uma revisão. O número exato de casos nessa situação não foi divulgado, mas apenas a Secretaria de Infraestrutura, que barrou a obra no cartão-postal de Florianópolis, tem mais de 200 contratos em andamento.

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