O crescimento da economia neste ano deve ser o melhor do governo Dilma Rousseff. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os dados à disposição do governo mostram “chance real” de alta no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na contramão do que prevê a maior parte dos analistas do setor privado. O governo avalia que o mercado está subestimando o crescimento do PIB do país, num movimento contrário ao que aconteceu no ano passado, quando os economistas fizeram projeções ao longo dos trimestres sempre acima do efetivamente registrado.

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Depois de crescer 2,7% em 2011, a economia cresceu apenas 0,9% no ano passado. De acordo com a publicação, a alta do PIB em 2013 seria de 2,5%, mesmo se no terceiro e quarto trimestres o resultado fosse zero. Na avaliação da equipe econômica, as frentes de crescimento do PIB estão sustentadas no aumento do consumo, na política de crédito dos bancos privados, no aumento das vendas de eletrodomésticos e na recuperação da indústria extrativa mineral, que ainda não deu sua contribuição para o PIB.

No caso dos bancos privados, o entendimento do governo é de que, com a melhora do PIB, da inadimplência e dos indicadores de confiança do empresário e consumidor, as instituições financeiras já começaram a rever seus modelos de empréstimo. Além disso, investimento e agricultura devem continuar impulsionando a economia.

Do quarto trimestre para frente, a expectativa é de que o setor de serviços dê uma contribuição maior e que, principalmente, o país seja contagiado pelo desempenho favorável das concessões. Entre 18 de setembro – quando as primeiras rodovias serão leiloadas ao setor privado – e novembro, o governo vai conceder à iniciativa privada o bloco de petróleo do campo de Libra, os Aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) e estradas.

A área econômica avalia ainda que o primeiro trimestre do ano que vem será embalado pela consolidação do processo de retomada da confiança da economia. Além de contar com o sucesso das concessões e de um bom resultado do PIB ao final de 2013, o governo avalia que o impacto da alta do dólar na economia será diluído ao longo do tempo, sem prejuízo para o processo de controle da inflação. Hipóteses de inflação rondando patamares elevados não são consideradas críveis pela equipe econômica.

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