Enquanto a presidente Dilma Rousseff anunciava nesta terça-feira em Brasília investimentos de R$ 33 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Médias, a Prefeitura de Joinville teve a certeza de que receberá recursos para realizar melhorias para o transporte coletivo e o aumento da taxa de cobertura de esgoto. Do pacotão anunciado por Dilma, o governo municipal irá receber R$ 99,8 milhões são para a construção de corredores de concreto para ônibus nas ruas que devem formar o chamado eixo Norte-Sul e na região central da cidade. Além disso, outros R$ 5 milhões sairão dos cofres do município.

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Junto aos recursos para infraestrutura, a Companhia Águas de Joinville receberá, por meio de outro PAC, até R$ 143,5 milhões para três obras de saneamento – valor pedido pela administração. O volume total do recurso ainda não foi definido pelo governo federal.

Na terça-feira, o prefeito Udo Döhler (PMDB) acompanhou o governador Raimundo Colombo (PSD) em reuniões a Brasília. Lá, assistiu à solenidade na qual Dilma, junto com o ministro das Cidades, Agnelo Ribeiro (PP), definiu para onde iriam os recursos do PAC das Cidades Médias.

Dos cinco projetos feitos pelo Ippuj no fim do governo Carlito Merss (PT), dois foram aprovados – os três reprovados tratavam de pavimentação e qualificação de ruas nos bairros Bom Retiro, Anita Garibaldi e Paranaguamirim. O investimento estimado é de R$ 101,3 milhões, com contrapartida da Prefeitura de R$ 15,6 milhões.

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Foram privilegiadas as propostas que visam à construção de corredores de concreto para ônibus, modelo que deve facilitar a manutenção de vias e veículos e, na visão do prefeito, aumentar a demanda de uso pelo transporte coletivo.

– Essa é uma primeira medida que já trará algum impacto para quem anda de ônibus. É uma obra importante que pretendemos executar em dois anos, no máximo -, diz Udo.

Segundo o Ippuj, parte das ruas que receberem os corredores de concreto também irá ser reasfaltada, a exemplo da Albano Schmidt e Helmut Fallgatter, no Boa Vista, que ganharão uma terceira faixa para o ônibus.

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– Assim, além da melhora para o transporte, vamos requalificar as vias -, diz o presidente do órgão, Vladimir Constante.

Udo aproveitou a ida a Brasília para reunir-se com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT), e tratar da retificação do rio Mathias. A Prefeitura de Joinville quer que o governo federal repasse R$ 130 milhões, em vez dos R$ 75 milhões acordados. Em outra conversa, nos Correios, a administração municipal teve o aval do departamento jurídico para a troca do imóvel e agora aguarda a aprovação do conselho diretor dos Correios.

À espera de R$ 143,5 milhões

Além dos investimentos em mobilidade, a Companhia Águas de Joinville obteve a liberação de recursos por meio de outro PAC, que podem totalizar R$ 143,5 milhões. Parte do recurso, que ainda precisa ser confirmado pelo governo federal, virá a fundo perdido – dinheiro que não precisará ser devolvido ao governo federal. A liberação da verba foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira.

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Com uma rede coletora de esgoto que cobre cerca de 19% da cidade, Joinville poderá aumentar esse percentual em mais 10%, ou 200 km de rede, quando concluir a implantação em bairros da zona Sul. Estão previstas obras no Guanabara, Fátima, Jarivatuba, Itaum, Petrópolis, João Costa, Parque Guarani, Boehmerwald, Itinga e Santa Catarina. Segundo o engenheiro da Águas de Joinville, Felipe Vieira de Luca, a previsão para a conclusão da obra a partir de seu início é de dois anos e meio.

Outra obra aprovada para a zona Sul será a construção da estação de tratamento de esgoto (ETE) Jarivatuba, que aumentará a quantidade de litros de água tratada e também diminuirá o mau cheiro na região da obra.

Já a ampliação da estação de tratamento de água (ETA) Cubatão virá por financiamento. Por isso, a Companhia Águas de Joinville ainda estuda se irá aceitar ou não o empréstimo.

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A ampliação da ETA seria uma forma de dobrar a capacidade de tratamento da estação e atenderia à demanda atual do município e geraria folga para os próximos 20 anos.